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Greenpeace suspende protesto e deixa navio no Maranhão
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JEAN-PHILIP STRUCK
DE SÃO PAULO
Depois de dez dias, ativistas do Greenpeace que se mantinham presos à âncora de um navio cargueiro fundeado na baía de São Marcos, próximo ao porto do Itaqui, em São Luís (MA), deixaram a estrutura nesta quinta-feira (24). O protesto havia sido iniciado em 14 de maio.
Segundo o Greenpeace, a suspensão ocorreu em "sinal de boa vontade". Um grupo de sete ativistas vinha ocupando a âncora de maneira intercalada, em turnos que chegavam a seis horas. A última ativista deixou a estrutura por volta de 10h desta quinta-feira.
A embarcação deveria ter aportado em Itaqui na semana passada, quando seria carregada com uma carga de 31 mil toneladas de ferro gusa, produto cuja cadeia de produção os ativistas afirmam provocar desmatamento na Amazônia.
O Greenpeace afirma que deve participar de audiência pública na tarde de hoje, em Brasília. A reunião vai contar com representantes do governo e da indústria de ferro gusa.
"Estamos dando tempo para que as autoridades e a indústria possam agir. Mas vamos continuar por aqui, a espera de resultados concretos", afirmou o coordenador da campanha de Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário.
O navio, batizado de Clipper Hope, pertence à Viena Siderúrgica S/A, sediada no Maranhão. Ela e outras empresas da região são acusadas pelo Greenpeace de utilizar carvão produzido a partir do desmatamento ilegal no processamento do ferro gusa (componente primário na fabricação de aço).
Os ativistas haviam alcançado o navio utilizando uma embarcação do grupo, o Rainbow Warrior, que havia chegado a São Luís em 13 de maio. Ao se aproximarem, eles escalaram a corrente da âncora e permaneceram presos a ela.
No período que durou o bloqueio, nem a tripulação do cargueiro nem a Marinha tentaram interferir no protesto.
A Viena Siderúrgica S/A chegou a questionar a legitimidade do protesto.
"O ferro gusa produzido pela empresa é gerado exclusivamente a partir de carvão vegetal de origem legal. A Viena descredencia automaticamente fornecedores que porventura venham a ter problemas de ordem trabalhista, social ou ambiental, sempre que forem constatadas irregularidades", disse a empresa em nota.
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