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22/06/2012 - 16h08

Venezuela denuncia "ecocolonialismo" dos ricos

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CLAUDIO ANGELO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Citando próceres do pensamento bolivariano como José Martí e Che Guevara, a vice-ministra das Relações Exteriores da Venezuela, Claudia Salerno, denunciou o "ecocolonialismo" dos países ricos em seu discurso na cúpula de chefes de Estado da Rio+20.

Salerno falou no lugar do chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, que foi ao Paraguai juntamente com outros chanceleres sul-americanos tentar aplacar a crise gerada pelo impeachment-relâmpago do presidente Fernando Lugo.

"Devo informar-lhes que nesre momento, enquanto conversamos nesta plenária, se está gestando um golpe de Estado contra o governo democraticamente eleito da República do Paraguai", iniciou Salerno.

Segundo a vice-ministra, que protagonizou a famosa gritaria que afundou a conferência de Copenhague, em 2009, a Rio+20 evitou por pouco um outro golpe -- o da economia verde.

"O capitalismo se disfarçou de verde com a intenção de se impor nesta conferência como uma forma de ecocolonialismo, mas graças à aliança do G77 e China [bloco dos países em desenvolvimento] as forças do capitalismo mais perverso e mercantilizador da natureza não puderam se impor nesta conferência", discursou.

Ela elogiou o documento final da cúpula, que "abre a possibilidade do futuro que nós precisamos, não do futuro que alguns querem".

Salerno lembrou, em sua invectiva contra os países ricos, o discurso de Fidel Castro na Eco-92: "Pague-se a dívida ecológica, não a dívida externa. Mate-se a fome, não o homem. Nosso direito ao desenvolvimento não é negociável."

Salerno reclamou de que os países desenvolvidos se recusaram a aceitar, na Rio+20, um fundo de US$ 30 bilhões por ano para financiar o desenvolvimento sustentável nos países pobres, mas destinaram US$ 1,4 trilhão para resgatar o sistema financeiro após a crise de 2008. Para ela, os países desenvolvidos "querem negociar a morte, não a vida".

 

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