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26/07/2010 - 11h31

Norte-americano deve assumir chefia da britânica BP

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TOM BERGIN
DA REUTERS, EM LONDRES

A BP deve nomear nas próximas 24 horas o norte-americano Bob Dudley como seu executivo-chefe, no lugar de Tony Hayward, muito criticado nos últimos meses por sua atuação diante do pior vazamento de petróleo na história dos EUA.

Dudley, conhecido por sua capacidade de "apagar incêndios", já vinha atuando como coordenador das operações de combate ao vazamento em um poço da BP no golfo do México.

AP/Efe
Atual executivo-chefe da britânica BP, Tony Hayward (esq.), que será substituído por americano Robert Dudley (dir.)
Atual executivo-chefe da britânica BP, Tony Hayward (esq.), que será substituído por americano Robert Dudley (dir.)

Fontes próximas à companhia dizem que a nomeação dele poderia melhorar as relações do governo norte-americano com a empresa britânica.

As ações da BP, que chegou a perder 40% do seu valor de mercado desde o início do vazamento, em 20 de abril, registravam alta de 2,5% em Londres às 7h22 (hora de Brasília), cotadas a 4,0826 libras.

Em nota na segunda-feira (26) --e ao contrário do que ocorria nas últimas semanas --a BP admitiu que Hayward deve sair.

Fontes disseram que o conselho administrativo da BP, que se reúne em Londres nesta segunda-feira à noite, discutirá um plano para a saída de Hayward, um geólogo de 53 anos, cujos comentários desastrados expuseram a empresa a duras críticas.

Semanas depois da explosão que originou o vazamento, por exemplo, ele se queixou de que queria "sua vida de volta". Depois, numa audiência parlamentar, foi acusado de se esquivar de suas responsabilidades.

PIONEIRO

Dudley, que foi criado no Mississippi, será o primeiro não-britânico a se tornar executivo-chefe da BP. Ele já dirigiu uma joint-venture da empresa na Rússia, a TNK-BP, mas teve de deixar o país por causa de um atrito entre a BP e seus sócios locais.

Na terça-feira, a BP divulgará seu balanço do segundo trimestre, e a expectativa é de prejuízos colossais por causa do acidente no Golfo. O banco Barclays previu que a cifra negativa será de cerca de US$ 13 bilhões, já que a BP precisa reservar até US$ 25 bilhões para os custos do vazamento.

Dougie Youngson, analista da Arbuthnot, enviou nota aos seus clientes mantendo a recomendação de venda dos papéis da BP, sob o argumento de que a empresa pode ter gastos de US$ 20 bilhões neste trimestre por causa do acidente.

 

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