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Setor privado pede a governos metas "ambiciosas" para redução de poluentes
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DA EFE
Representantes do setor privado de 25 países concluíram nesta terça-feira, no México, uma cúpula empresarial sobre mudanças climáticas com um apelo aos governos para que estabeleçam metas "ambiciosas, claras e mensuráveis" de redução de emissões para 2020.
O pronunciamento chega um dia depois da ONU responsabilizar as grandes empresas por um terço do dano ambiental no mundo, em 2008.
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"A mudança climática é o maior desafio econômico, ambiental e de desenvolvimento de nosso tempo", advertiram os empresários em uma declaração elaborada a menos de dois meses da 16ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP16) em Cancún, no México.
A mensagem final da Cúpula Global sobre Negócios e Meio Ambiente assinala que os cortes de emissões de dióxido de carbono (CO2) e de outros gases do efeito estufa devem ser feitos de acordo com os critérios científicos.
Segundo a declaração, é necessário criar "mercados para soluções de baixas emissões em carbono" que permitam manter um crescimento econômico sustentável e a qualidade de vida nos países.
Também assinalam que é necessária "uma redução de 50% das emissões em 2050" em relação aos níveis de 1990.
PRIORIDADES
Os empresários constatam que a criação de "economias baixas em carbono é um imperativo social" e estabelecem compromissos em cinco setores: energético, informação e telecomunicações, construção, agricultura e alimentação e transportes.
Em energia, as companhias acreditam na possibilidade de se ter 100% de energia renovável no planeta até 2050.
"Esta é uma declaração muito importante porque este é o coração do problema: como eliminamos os combustíveis fósseis. Dizem que podemos fazê-lo com as tecnologias que já existem", expressou o diretor-geral do Fundo Mundial para a Natureza, James Leape, na entrevista coletiva final.
A reunião realizada no México serviu para levar a voz das empresas à próxima cúpula de mudança climática, enviando a mensagem de que as empresas podem ser parte da solução ao desafio do aquecimento global.
Entre as empresas presentes estavam: Acciona, Alstom, British Telecom, Walmart, Tata, Bimbo, Hewlett Packard, AP Moeller MAersk, Coca-Cola, Siemens, Nestlé, Calera, Cemex, Deloitte, McKinsey e Trina Solar.
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