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29/11/2010 - 08h26

México sedia cúpula de mudança climática COP-16 a partir desta segunda-feira

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DA EFE

A partir desta segunda-feira (29), o México recebe no balneário mexicano de Cancún a 16ª Conferência da ONU sobre Mudança Climática (COP-16), que pretende alcançar medidas contra o aquecimento global do planeta após o fracasso do encontro anterior em Copenhague.

A cúpula que vai até 10 de dezembro, deve reunir 25 mil participantes entre delegados de 194 países. O discurso de boas-vindas será feito pelo presidente mexicano, Felipe Calderón.

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A ministra de Relações Exteriores do México, Patrícia Espinosa, presidirá os trabalhos da conferência à qual assistirão organizações civis e sociais, funcionários da ONU e 2.000 jornalistas.

Chor Sokunthea/Reuters
Ativistas na Camboja exigem fundo global para o clima; cúpula global climática começa nesta segunda em Cancún, no México
Ativistas na Camboja exigem fundo global para o clima; cúpula global climática começa nesta segunda em Cancún, no México

Após o fracasso da cúpula anterior, realizada no ano passado em Copenhague, em que não foi possível conquistar acordo vinculativo sobre redução de emissões de gases do efeito estufa, os negociadores não acreditam factível chegar a consenso em Cancún.

Por isso há poucas expectativas para poder fixar um segundo período de compromissos do Protocolo de Quioto, único acordo vinculativo até o momento sobre a redução de emissões, que vence em 2012.

Os países participantes estão otimistas com relação à possibilidade de conseguir acordos nas áreas adaptação, financiamento e transferência de tecnologias.

Calderón garantiu que em Cancún serão tomadas "decisões sem precedentes" e acordos "inéditos" contra a mudança climática, apesar de descartar acordo global e vinculativo.

Um dos temas no qual há mais consenso é o de implementar mecanismos para reduzir o desmatamento e a degradação de florestas que calculam respondem por 20% das emissões globais de efeito estufa.

Poderá sair de Cancún uma decisão sobre como serão destinados os recursos para os países em desenvolvimento no valor de US$ 30 bilhões para o período 2010-2012 que foram comprometidos em Copenhague.

A chanceler mexicana, Patricia Espinosa, disse em recente entrevista à agência de no´ticias Efe que seu país confia em que na cúpula seja acordado o mecanismo de financiamento de longo prazo conhecido como "fundo verde", que em Copenhague ficou estabelecido em US$ 100 bilhões anuais a partir de 2020.

Já confirmaram presença em Cancún ao menos 20 governantes --o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desistiu da viagem.

Os líderes e ministros de Exteriores e Meio Ambiente começarão a chegar a Cancún a partir de 6 de dezembro, um dia antes do início da reunião da fase de alto nível que concluirá em 10 de dezembro.

O governo mexicano instalou a sede da COP-16 em uma área afastada da chamada zona hoteleira de Cancún, em uma longa faixa de praia.

O evento será realizado entre dois imóveis, o recém-construído centro de convenções Cancún Messe e o Hotel Moon Palace, um complexo turístico de luxo afastado.

Em ambos os locais, distantes oito quilômetros, estarão completamente fechados por um dispositivo de segurança e só será possível deslocar-se de um para outro em ônibus disponibilizados pelo governo mexicano.

Além disso, no centro de Cancún foi instalada a chamada Vila da Mudança Climática que receberá intenso cronograma de eventos culturais como exposições, exibições, espetáculos artísticos, e mostras de cultura e folclore mexicano.

Cerca de 6 mil soldados do Exército, Polícia Federal, Estadual e Municipal vigiarão o evento. Estima-se que 8.000 pessoas de movimentos alternativos, ONG s e civis participem do evento.

O governo mexicano promoverá entre 5 e 8 de dezembro o Fórum Green Solutions, em que diretores de empresas e altos funcionários públicos debaterão sobre os avanços em tecnologias limpas e iniciativas de negócios, investimentos e comércios que ajudem a mitigar a mudança climática.

 

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