Publicidade
Publicidade
China desmente relatório e nega ciberataques contra os EUA
DA BBC BRASIL
O Ministério da Defesa da China criticou o relatório de uma companhia americana que ligou o país a uma série de ataques de hackers contra os Estados Unidos.
Em uma declaração, o ministério afirmou que o relatório da companhia Mandiant não apresenta "prova técnica" de suas acusações.
O relatório da Mandiant, uma empresa baseada nos Estados Unidos e especializada em segurança online, identificou um edifício em Xangai usado pelos militares como o provável lar de hackers que seriam os responsáveis por vários ataques contra companhias americanas.
A declaração do Ministério da Defesa chinês, postada em seu website, afirmou que muitos ciberataques são feitos com o uso de endereços de IP sequestrados.
Segundo a declaração, não existe uma definição clara do que é um ataque de hackers e, como esta é uma operação que cruza as fronteiras de vários países, é difícil apontar exatamente onde fica a origem dos ataques.
O ministério ainda sugeriu que "o levantamento cotidiano" de informação online está sendo caracterizado de forma errada como espionagem.
'Ciberespionagem'
O relatório da Mandiant analisou centenas de casos e afirma que descobriu que grupos de hackers estavam baseados primariamente na China e que o governo do país sabe da existência destes grupos.
De acordo com o documento, APT1 é o mais ativo destes grupos e é descrito pela Mandiant como "um dos grupos de ciberespionagem mais prolíficos em termos de quantidade de informações roubadas".
A companhia afirma ter rastreado as atividades do APT1 até um prédio em Xangai. A Unidade 61398 do Exército de Libertação do Povo (as Forças Armadas da China) "também está localizada precisamente na mesma área" e os grupos de hackers tinham "missões, capacidades e recursos" parecidos com os dos militares.
O APT1 é formado por centenas de pessoas que falam inglês e atacou 141 companhias roubando informações que incluiam planos de negócios, documentos com preços, credenciais de usuários, emails e listas de contatos.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirmou que o governo tomou conhecimento do relatório da Mandiant e, apesar de não comentar o documento diretamente, descreveu a ciberespionagem como "um desafio muito importante".
"Levamos várias vezes a nossa preocupação com os ataques virtuais aos níveis mais altos das autoridades chinesas, incluindo os militares, e vamos continuar fazendo isto", afirmou.
"Consideramos este tipo de atividade uma ameaça não apenas à nossa segurança nacional mas também aos nossos interesses econômicos e (estamos) apresentando nossas preocupações de forma específica, para que possamos ver se existe uma forma de progredir", afirmou a porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland.
Existe há algum tempo a suspeita de que a China tenha um papel nos ciberataques.
Mas a questão voltou a ser discutida com mais frequência nos últimos meses depois de vários destes ataques contra órgãos de imprensa, incluindo o jornal The New York Times, em um caso aparentemente ligado a uma notícia do jornal a respeito da riqueza de Wen Jiabao, que está deixando o cargo de premiê do país.
No entanto, o Ministério da Defesa da China afirmou que o país também é vítima de ciberataques.
+ Canais
- Conheça a página da Folha Mundo no Facebook
- Acompanhe a Folha Mundo no Twitter
- Acompanhe a Folha no Twitter
+ Leia mais
+ Livraria
- Coleção "Cinema Policial" reúne quatro filmes de grandes diretores
- Sociólogo discute transformações do século 21 em "A Era do Imprevisto"
- Livro de escritora russa compila contos de fada assustadores; leia trecho
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice