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Pesca e turismo são principais atividades econômicas nas Malvinas
da BBC, em Londres
A pesca é responsável por metade do PIB (Produto Interno Bruto) de US$ 77 milhões das Ilhas Malvinas, chamadas pelos britânicos de Falklands.
Os recursos vêm das licenças vendidas pelo governo a barcos de pesca, principalmente da Europa e do Extremo Oriente. Com a autorização, os pescadores podem trabalhar na zona marítima das ilhas, demarcada pelo reino Unido em 1986.
Ao todo, 150 barcos estão licenciados, entre eles 27 embarcações de pescadores locais. Nos mares do arquipélago, há grande quantidade de lulas, de diferentes tipos.
Os barcos pesqueiros já atuavam na região antes dos anos 80, mas só depois da guerra e da demarcação da zona marítima o governo das ilhas ganharam autoridade e recursos para regular a atividade e reprimir a pesca ilegal.
Petróleo
Em 1982, todos os gastos das ilhas eram pagos pelo governo britânico. Hoje, principalmente por causa da pesca, o arquipélago é independente economicamente do Reino Unido, com exceção dos custos com Defesa.
Com a queda do preço da lã -antes o principal produto de exportação das ilhas- no mercado internacional, trabalhadores rurais estão migrando para Porto Stanley e buscando empregos na atividade pesqueira.
A economia do arquipélago pode ganhar impulso ainda maior nos próximos anos. Desde 1998, companhias internacionais realizam perfurações na zona marítima das ilhas em busca de petróleo.
Vestígios da presença do mineral já foram encontrados, mas não em quantidade suficiente para a exploração rentável. As pesquisas, porém, continuam.
Turismo
O turismo é outra atividade que cresce nas ilhas. O governo espera que o arquipélago receba 20 mil turistas neste ano. A maioria dos turistas que visitam o Porto Stanley são passageiros de cruzeiros, que passam um dia na capital.
Além dos cruzeiros, o ecoturismo e o turismo histórico também atraem um número crescente de turistas.
As ilhas são um ponto privilegiado para observação de animais, principalmente leões-marinhos, golfinhos e pássaros. As Malvinas são um dos principais pontos do mundo para se observar pinguins.
Outros turistas são interessados em conhecer a história da guerra e visitar os campos de batalha, onde ainda é possível ver destroços do conflito.
No ano passado, o biólogo William Wagstaff lançou pela editora Bradt o primeiro guia turístico sobre o arquipélago. Ele visitou as ilhas pela primeira vez, depois do conflito. "A guerra chamou a atenção do mundo para as ilhas", afirma Wagstaff.
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