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Coalizão de governo propõe proibição da burca na Holanda
DA BBC BRASIL
Uma nova coalizão de governo que pode assumir o poder na Holanda está propondo que o país passe a proibir o uso do véu islâmico que cobre completamente a mulher, conhecido como burca, como parte do programa do governo.
Há meses que o Partido VVD, de perfil Liberal e o Democrata Cristão (CDA) vêm negociando a formação de uma coalizão, mas para governar eles precisam também do apoio do Partido da Liberdade, liderado pelo político anti-islâmico Geert Wilders, que defende que o véu islâmico seja banido.
Wilders é um político de extrema-direita, conhecido por suas opiniões polêmicas.
Ele já fez campanha para paralisar o que ele chamou de "islamização da Holanda" e deve ir a julgamento na próxima semana por acusação de ofensas ao Islã, devido às suas críticas públicas ao islamismo.
O acordo ainda precisa ser ratificado pelos democratas cristãos em uma reunião neste sábado.
CORTES NO ORÇAMENTO
Além da proposta de proibição do uso do véu, o pacto também incluiria planos de cortes do orçamento, de cerca de 18 bilhões de euros (quase R$ 42 bilhões) até 2015, além de endurecer as leis de imigração e aumentar o número de policiais no país.
"Reformas importantes serão feitas na Holanda", disse o líder do Partido Liberal, Mark Rutte, ao apresentar o pacto chamado de Liberdade e Responsabilidade. "Queremos dar o país de volta do cidadão trabalhador da Holanda."
A Holanda está com um governo interino desde fevereiro, quando uma coalizão liderada pelo ex-líder do Partido Democrata Cristão (CDA, na sigla em inglês), Jan Peter Balkenende, foi desfeita devido a problemas relacionados ao envolvimento militar do país no Afeganistão, que levou à retirada dos militares holandeses do país.
O VVD e o CDA tem 52 cadeiras no Parlamento holandês, que tem um total de 150 assentos. A proposta dos dois partidos é formar um governo de minoria, mas, com isso, eles terão que contar com as 24 cadeiras do Partido da Liberdade para aprovar uma legislação com uma pequena vantagem.
Se o acordo foi aprovado, o líder do VVD, Mark Rutte, seria o primeiro-ministro da Holanda, formando um gabinete de governo com o CDA, que é liderado por Maxime Verhagen.
Verhagen, por sua vez, descreveu o acordo como "um acordo de governo muito bom".
"Estou convencido de que é um acordo com o qual todos os democratas cristãos poderão se identificar", afirmou.
No entanto, alguns parlamentares democratas cristãos, que não querem trabalhar com Wilders, não ficaram satisfeitos com o acordo firmado.
Depois de uma maratona de negociações na quarta-feira, os parlamentares democratas cristãos resolveram deixar a decisão final de se juntar ou não ao governo de coalizão para uma conferência especial no sábado.
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