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Guerra cambial aumenta cotação do Big Mac no Brasil, indica "Economist"
DA BBC BRASIL
A desvalorização do yuan barateia o custo do Big Mac na China, enquanto o real forte causa o efeito contrário no Brasil: encarece o sanduíche. É o que conclui a revista "Economist" em sua edição mais recente.
A publicação atualizou seu Índice Big Mac, que avalia os preços do sanduíche do Mac Donald's em diversos países do mundo. O preço brasileiro é o segundo mais caro em uma lista de 15 países selecionados pela revista: equivale a US$ 5,26, só perdendo para a Suíça.
Para efeitos de comparação, o Big Mac custa US$ 3,71 nos EUA e em média US$ 4,79 nos países da zona do euro. Na China, custa apenas US$ 2,18.
Segundo a revista, o índice é baseado na ideia de paridade do poder de compra, que diz que o valor da moeda deve refletir a quantidade de bens e serviços que ela compra.
A partir disso, a Economist afirma que a moeda brasileira está sobrevalorizada em 42%.
"GUERRA CAMBIAL
Em matéria de capa da mesma edição, a Economist trata da "guerra cambial" internacional, expressão cunhada pelo ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, no mês passado, e que desde então tem provocado debates globais.
"Países culpam uns aos outros por distorcer a demanda global com armas que vão desde a impressão de dinheiro para a compra de títulos até intervenção cambial e controle de capitais", relata a revista, lembrando que o Brasil recentemente anunciou a elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para aplicações de estrangeiros no mercado de renda fixa, em uma tentativa de aliviar as pressões sobre o real.
Por enquanto, para a "Economist", as tais armas usadas pelos países são menos ameaçadoras quando observadas de perto. "Os controles sobre o fluxo de capitais são modestos. Tampouco há grande risco de iminentes retaliações comerciais."
Ainda assim, a revista adverte que a falsa guerra de hoje pode rapidamente evoluir. As condições por trás das divergências monetárias - em especial o lento crescimento das economias mais ricas - talvez perdurem por anos.
"Com a austeridade fiscal, o apelo de usar uma moeda enfraquecida vai crescer, bem como a pressão sobre políticos para usar a China como bode expiatório. E, se o fluxo de capitais externos se intensificar, países em desenvolvimento podem ser forçados a escolher entre perder a competitividade, (usar) controles de capital verdadeiramente draconianos ou permitir o superaquecimento de suas economias."
Para a "Economist", é preciso reequilibrar a demanda global com um aumento de gastos no mundo em desenvolvimento. A revista concorda com a ideia de que o yuan está subvalorizado e que isso prejudica não só o Ocidente, "mas outros países emergentes e a própria China, que precisa obter mais de seu crescimento a partir do consumo interno".
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