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19/04/2011 - 09h20

Premiê britânico indica veto a nome de antecessor para liderar FMI

DA BBC BRASIL

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, sinalizou que poderá vetar a indicação de seu antecessor, Gordon Brown, para ser o próximo chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O premiê disse, em entrevista à BBC, que uma pessoa que "não sabia que nós temos um problema de dívida no Reino Unido" talvez não seja "a melhor pessoa" para estar à frente do órgão fiscalizador das finanças globais".

O atual diretor-geral do fundo, o francês Dominique Strauss-Kahn, é ex-ministro da Economia da França. Relatos da imprensa citavam Brown como o mais cotado para suceder o francês. Antes de assumir o cargo de premiê, ele foi ministro das Finanças na gestão de Tony Blair.

Cameron disse ao programa Today, da Radio 4 da BBC, que "não havia passado muito tempo pensando a respeito disso. Mas me parece que se você tem uma pessoa que não achava que nós tínhamos um problema de dívida na Grã-Bretanha, talvez alguém assim não seja a melhor pessoa (para comandar o FMI)".

O primeiro-ministro acrescentou: "Acima de tudo, o que importa é que a pessoa administrando o FMI seja alguém que entende os perigos do endividamento excessivo, de um deficit excessivo e é preciso que seja alguém que entende isso, em vez de alguém que diz não ter um problema".

POLÍTICO ULTRAPASSADO

O premiê afirmou ainda: "Eu certamente não quero um político ultrapassado de um outro país. É importante que o FMI seja comandado por alguém extraordinariamente competente."

Ele sugeriu que o próximo líder do FMI venha de "outra parte do mundo", como, por exemplo, a China e a Índia.

O conselho-executivo do FMI escolhe o diretor-geral do fundo e as principais economias mundiais possuem o maior número de votos dentro da estrutura da organização. Na prática, um candidato, que precisa da maioria dos votos para ser eleito, pode ser vetado por países como EUA, França e Reino Unido.

O FMI também diz que gosta de escolher seu chefe por consenso, o que significa que as nações com economias maiores precisam estar de acordo sobre a nomeação.

O mandato de cinco anos de Strauss-Kahn, termina no final do ano que vem. E ele não deverá renová-lo, mesmo porque pode vir a concorrer à Presidência da França.

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