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Corpos de fotógrafos são enviados de navio para Benghazi
DA BBC BRASIL
Os corpos de dois premiados fotógrafos mortos na Líbia foram enviados nesta quinta-feira rumo à cidade de Benghazi num navio de ajuda humanitária.
O britânico-americano Tim Hetherington, 40, e o americano Chris Hondros, 41, morreram na quarta-feira enquanto cobriam o conflito na cidade de Misrata.
Outros dois jornalistas se feriram, incluindo o britânico Guy Martin.
Misrata é a única cidade no oeste da Líbia controlada por rebeldes e tem sido atacada por forças leais ao coronel Muammar Gaddafi há semanas.
Acredita-se que Hetherington e Hondros estivessem entre um grupo de jornalistas que se retirava do front de batalha quando foram atingidos.
A família de Hetherington diz que ele foi morto por uma granada atirada por um propulsor.
Homenagens
Além de distribuir ajuda humanitária, o navio usado para transportar os corpos também está sendo usado para evacuar os feridos e estrangeiros de Misrata.
Os corpos foram levados a Benghazi, a capital rebelde, no leste da Líbia.
Os dois fotógrafos feridos no incidente permanecem no hospital de Misrata.
Guy Martin, fotógrafo britânico da agência Panos Pictures, foi atingido por um estilhaço e permanece sob tratamento intensivo, embora haja relatos de que sua condição melhorou após uma cirurgia na perna.
Também segundo relatos, o fotógrafo baseado em Nova York Michael Christopher Brown, que também está sendo tratado por lesões por estilhaços, já está caminhando.
Homenagens foram prestadas nesta quinta-feira a Hetherington e Hondros, ambos respeitados fotógrafos de guerra.
Hetherington ganhou o prêmio World Press Photo em 2007. Ele também codirigiu o documentário indicado ao Oscar "Restrepo", em que acompanhou soldados americanos no Afeganistão.
Hondros estava trabalhando para a agência Getty Images e seus prêmios anteriores incluem a Medalha de Ouro Robert Capa por fotografia de guerra.
O governo líbio expressou "tristeza" pelas mortes dos fotógrafos, mas o porta-voz Moussa Ibrahim disse que sempre havia vítimas fatais na guerra. "As pessoas morrem do nosso lado, do lado deles, pessoas são atingidas no meio."
O conflito na Líbia começou com uma revolta contra o governo de Muammar Gaddafi, no poder há 42 anos, e se transformou numa batalha por território.
A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) atualmente conduz uma operação que tem se concentrado em ataques aéreos.
Na quinta-feira, os Estados Unidos autorizaram o uso de aviões não-tripulados para aumentar a precisão de ataques.
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