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Chile e Colômbia elogiam morte de Bin Laden; Venezuela critica
DA BBC BRASIL
A morte de Osama Bin Laden provocou reações divergentes em países da América do Sul. Os governos do Chile e Colômbia (que têm uma boa relação com os Estados Unidos) elogiaram o ocorrido, enquanto a Venezuela, com o qual os americanos mantêm uma relação tensa, criticou as comemorações que se seguiram.
"A morte de Bin Laden é uma boa notícia. Este fato mostra que qualquer um que esteja envolvido com o terrorismo será encontrado e castigado. Neste caso, de Bin Laden, morto", disse o ministro das Relações Exteriores do Chile, Alfredo Moreno.
O chanceler chileno ressalvou, porém, que "não se pode cantar vitória porque o terrorismo vai continuar e alguém sucederá" o ex-líder do grupo Al Qaeda.
Por sua vez, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse que felicitava o colega americano, Barack Obama, pelo resultado da operação militar no Paquistão, onde Bin Laden foi morto.
"Trata-se de um golpe contundente contra o terrorismo global", declarou.
VENEZUELA
A Venezuela condenou a "comemoração do assassinato", considerando-a uma forma de "fazer política".
O vice-presidente do país, Elias Jaua, disse que ficava surpreso com o fato de o mundo aceitar com "naturalidade" a morte de "inimigos políticos de certas nações", em referência à Bin Laden e aos Estados Unidos.
"Não deixa de surpreender como o crime e o assassinato passaram a ser naturais e comemorados pelos governos imperiais. A morte de qualquer indivíduo independentemente do que lhe acusem é motivo de celebração. As mortes são abertamente celebradas pelos que bombardeiam", disse Jaua.
O vice-presidente venezuelano afirmou ainda que deveria haver um "questionamento ético" pela comemoração de assassinatos "como instrumento de resolução de problemas".
Segundo ele, para "o império (em referência aos Estados Unidos) as saídas já não são mais diplomáticas. A diplomacia ficou atrás e agora impera o assassinato", disse à uma emissora de TV venezuelana.
ARGENTINA
Na Argentina, o chefe de Gabinete (equivalente a chefe da Casa Civil), ministro Aníbal Fernández, afirmou que a morte do líder da Al Qaeda "não assusta e não tira o sono".
Ele ressaltou que é preciso ter cuidado e agir "com a responsabilidade de prestar atenção às possíveis ameaças (que poderiam surgir a partir de agora)".
Logo depois, o Ministério das Relações Exteriores divulgou comunicado dizendo que a Argentina "rejeita aqueles que utilizam a política ou a religião para cometer ações criminosas".
No comunicado, afirmou-se ainda que a operação militar levou à morte de alguém que gerou "muita dor inocente" e que o fato ocorre num momento em que o mundo árabe busca "reformas democráticas para seu povo viver em liberdade".
No texto, a Argentina destaca ainda que espera que a morte de Bin Laden "não desvie os povos do Oriente Médio do caminho de mudanças em paz".
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