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31/05/2011 - 23h00

Aumento da violência no Iêmen desperta temores de guerra civil

DA BBC BRASIL

O Iêmen enfrentou nesta terça-feira um dia de crescente violência, num momento em que o presidente Ali Abdullah Saleh enfrenta diversas frentes de oposição. Ao mesmo tempo, aumentam os temores de que o impasse político no país derive em uma guerra civil.

Nas ruas da capital, Sanaa, forças de segurança entraram em confronto com grupos tribais, deixando ao menos dois mortos. Outras 12 pessoas morreram em protestos na cidade de Taiz (norte).

Já em Zinjibar (sudeste), militantes mataram ao menos cinco soldados iemenitas.

Potências ocidentais e vizinhos do Iêmen no golfo Pérsico têm pressionado Saleh a assinar um acordo de transferência de poder, na tentativa de pôr fim à crise no país.

Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA disse nesta terça que Saleh - no poder há 33 anos - deveria renunciar para que o país "siga em frente".

TENSÕES CRESCENTES

Em Sanaa, clãs tribais deram sequência a confrontos, iniciados há dias, com as forças de segurança leais a Saleh. Os grupos tribais têm aderido à causa dos manifestantes antigoverno que exigem reformas políticas no país.

Os clãs ocuparam nove edifícios ministeriais durante confrontos na semana passada, que deixaram mais de 115 mortos.

Eles haviam recuado de um ministério no domingo, como parte de um acordo de trégua com o governo. Mas os clãs acusam as forças de Saleh de não terem respeitado o pacto.

Nesta terça, os grupos tribais invadiram a Câmara Alta do Parlamento, além da sede do partido de Saleh, o Ministério do Interior e uma estrada que leva ao aeroporto de Sanaa.

Em resposta, a mídia estatal acusou a oposição tribal de "gangue armada".

Já opositores dizem que Saleh está armando civis para transformar protestos pacíficos em campos de batalha.

A correspondente da BBC em Sanaa, Lina Sinjab, diz que as tensões estão aumentando e que cresce o temor popular de que os conflitos desencadeiem uma guerra civil.

A alta-comissária da ONU para direitos humanos, Navi Pillay, disse ter ouvido relatos de que, apenas em Taiz, simpatizantes de Saleh teriam matado mais de 50 pessoas desde domingo.

Ela pediu pelo fim dos "atos repreensíveis de violência e ataques indiscriminados contra civis desarmados".

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