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02/07/2011 - 17h16

Rebeldes líbios aceitam oferta de diálogo com a União Africana

DA BBC BRASIL

Os rebeldes líbios aceitaram, neste sábado, a oferta de diálogo sobre o futuro do país, sem o envolvimento do ditador Muammar Gaddafi, feita pelos países da União Africana

A proposta foi feita em um comunicado divulgado no fim da cúpula da União Africana na Guiné Equatorial.

O Conselho Nacional de Transição, criado pelos rebeldes líbios, disse à BBC que a iniciativa poderá levar a um governo de transição sem a participação de Gaddafi.

O comunicado da União Africana também pediu um cessar-fogo imediato na Líbia e subsequentes eleições democráticas.

Neste sábado, forças pró e anti-governo continuam a se enfrentar nos arredores das montanhas de Nafusa, à sudoeste de Trípoli, em uma tentativa de dominar as planícies desérticas da região e conseguir o controle de rotas de acesso importantes à capital.

O correspondente da BBC na região, Mark Doyle, diz que na sexta-feira à noite foi possível ver uma pesada nuvem de fumaça nos territórios disputados.

Segundo os rebeldes, as forças da Otan haviam bombardeado um ponto controlado pelas forças leais a Gaddafi com artilharia pesada.

A Otan está atacando as forças de Gaddafi na Líbia com a anuência de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, sob a justificativa de proteger os civis líbios dos ataques do regime.

MISSÃO DE PAZ

Segundo o correspondente da BBC na Guiné Equatorial, Thomas Fessy representantes dos rebeldes, que foram convidados à cúpula da União Africana, disseram que é a primeira vez que a instituição reconheceu a demanda do povo líbio por democracia e direitos humanos.

O representante do Conselho Nacional de Transição na França, Mansur Saif al-Nasr, disse à BBC que este a proposta de diálogo é um passo à frente.

"O espírito do documento é que Gaddafi não terá mais um papel a cumprir no teatro da Líbia", disse.

A União Africana também pediu um cessar-fogo imediato e a suspensão da zona de exclusão aérea aprovada pela ONU, que abriu o caminho para a intervenção militar da Otan no país.

No comunicado, os países dizem que os dois lados do conflito devem fazer um pedido forma à ONU para uma missão de paz na Líbia para monitorar a implementação da suspensão de hostilidades.

Mas os representantes dos rebeldes dizem que pediriam uma série de garantias da União Africana antes de concordar com um cessar-fogo.

Apesar dos bombardeios da Otan às forças leais a Gaddafi, o coronel continua a desafiar as ameaças da aliança militar ocidental e chegou a ameaçar atacar a Europa em retaliação.

Ele disse que os líbios iriam --em suas próprias palavras-- entrar na Europa como gafanhotos para atacar casas e escritórios.

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