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Após pressão internacional, Líbia diz que investigará morte de Gaddafi
DA BBC BRASIL
O governo interino da Líbia anunciou nesta segunda-feira que irá iniciar uma investigação sobre as circunstâncias da morte do ex-líder Muamar Khadafi, morto na última quinta-feira na cidade de Sirte.
"Requisitamos, com base em pedidos vindos do exterior, que a morte de Gaddafi seja investigada", disse o chefe do Conselho Nacional de Transição (CNT), Mustafa Abdel Jalil.
Também nesta segunda-feira, o governo líbio proibiu que o corpo de Gaddafi continuasse a ser exposto para visitação pública em um local refrigerado da cidade de Misrata.
Imagens de Gaddafi ainda com vida foram registradas por celulares pouco depois de sua captura. Acredita-se que logo depois ele tenha morrido em decorrência de ferimentos causados por tiros.
Após a morte do ex-líder líbio, entidades como a Comissão de Direitos Humanos da ONU, a Anistia Internacional e a ONG Human Rights Watch pediram investigações sobre suas circunstâncias.
Jalil disse que a maioria dos líbios desejava que Gaddafi pudesse ser julgado para pagar por seus eventuais crimes.
"Líbios livres desejavam que Gaddafi passasse o máximo de tempo possível na cadeia. Os que tinham interesse em uma morte rápida eram os que o apoiavam", afirmou.
EXECUÇÕES
Também nesta segunda-feira, o grupo de defesa dos direitos humanos com sede em Nova York Human Rights Watch alertou contra "assassinatos, saques e outros abusos" que teriam sido cometidos por opositores de Gaddafi.
As declarações foram feitas após a descoberta de 53 corpos em decomposição, aparentemente simpatizantes de Gaddafi. Muitos pareceram ter sido executados.
O estado de deterioração dos corpos sugere que eles foram mortos entre os dias 15 e 19 de outubro.
O CNT negou envolvimento nos abusos e pediu para que os líbios não cometam ataques ou vinganças contra opositores.
MODERAÇÃO
Ainda nesta segunda-feira, Jalil reformulou declarações feitas no dia anterior de que a nova Líbia adotará leis baseadas na religião islâmica.
"Quero assegurar a comunidade internacional de que nós somos muçulmanos moderados", disse ele.
No domingo, ele disse que a adoção de leis religiosas acarretaria mudança de algumas regras atuais, citando a proibição da poligamia.
"Minha referência de ontem não significa que aboliremos qualquer lei e quando falei das leis de casamento, elas foram apenas um exemplo, já que as regras islâmicas permitem a poligamia apenas após aprovação específica", disse ele.
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