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05/09/2012 - 20h03

Análise: Feito ajuda a explicar imensa diversidade de células no corpo

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MARCELO NÓBREGA
ESPECIAL PARA A FOLHA

Decifrar o genoma foi uma das etapas para entender como as instruções para a execução das funções biológicas são codificadas no DNA. Mas não explica como esse código funciona.

Em uma percepção antiga, o genoma humano continha genes, que são trechos de DNA importantíssimos, e uma grande quantidade de DNA que não se tinha ideia de para que servia, achando-se mesmo que podia ser simples "DNA-lixo".

Ao sequenciar o genoma humano, pudemos fazer um apanhado global dos genes que estão presentes em cada uma das trilhões de células de uma pessoa.

Mas, se cada uma dessas células tem o mesmo repertório de genes, como então uma se transforma num neurônio e outra em uma célula de pâncreas?

A resposta é que, apesar de cada célula conter todos os genes, só uma fração deles é usada em cada tipo celular.

Por exemplo, apesar de todas as células do corpo terem o gene que codifica a produção de insulina, só no pâncreas esse gene é ativado, e só lá a insulina é produzida, dando assim identidade funcional a essas células, que as distinguem de outras.

A regulação desse processo é coordenada por sequências de DNA que estão fora dos genes, na fração de 98% do genoma que não sabíamos para que serve.

Entender isso era o objetivo do projeto Encode (só para deixar claro, eu faço parte da iniciativa).

É bastante surpreendente que uma fração tão grande do genoma (80%) possa, ao que parece, ter função biológica.

O médico brasileiro MARCELO NÓBREGA é professor do Departamento de Genética Humana da Universidade de Chicago

 

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