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Analfabetismo continua sendo problema na Alemanha
DA DEUTSCHE WELLE, NA ALEMANHA
Pensar que há analfabetos apenas em países em desenvolvimento é mero clichê. Em nações industrializadas, como a Alemanha, o problema atinge, há muito, um número considerável de pessoas.
Tim-Thilo Fellmer é um entre os chamados "analfabetos funcionais" na Alemanha, termo usado para designar as pessoas que sabem ler e escrever frases soltas, mas que não estão em condições de ler e entender textos corridos, como por exemplo instruções no ambiente de trabalho.
Quando ainda frequentava o segundo ano escolar, Fellmer recebeu o diagnóstico de "dislexia". Hoje, o bem-sucedido autor de livros infantis e proprietário de uma editora guarda poucas lembranças positivas de sua fase escolar.
Para ele, sempre foi um peso enorme não conseguir executar as tarefas como os colegas de escola e acima de tudo ter sempre que ocultar o problema. "Sempre tinha que dar um jeito usando truques. E sempre vivi com medo de ser descoberto", conta ele, ao lembrar "desse tempo difícil e muito negativo".
Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de Hamburgo, há hoje na Alemanha 7,5 milhões de analfabetos funcionais, entre os quais 4,3 milhões têm o alemão como língua materna. Ou seja, mais de 14% das pessoas em idade ativa no país são consideradas analfabetas neste sentido.
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