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Para recrutadores, preconceito contra cursos on-line é fruto de desconhecimento
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DOMINGOS ZAPAROLLI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O profissional graduado ou pós-graduado em cursos de ensino a distância não enfrenta dificuldades para conseguir uma colocação no mercado de trabalho. É o que garantem consultores, headhunters e empresários.
"O que é levado em conta na hora da contratação é a demonstração de conhecimento acadêmico e o desempenho profissional", afirma Fernanda Campos, sócia-diretora da empresa de recrutamento M3.
O empresário Luiz Eduardo Moreira Caio, presidente da Metalfrio, confirma a mudança de comportamento. "Nossa preocupação com o fato de o candidato ter feito um curso presencial ou a distância é zero. O que consideramos na hora da seleção é a qualidade da instituição que o preparou".
Nem sempre foi assim. Sônia Luiza Martins, presidente da Associação Brasileira de Estudantes de Ensino a Distância, relata que, há cinco anos, eram comuns denúncias de discriminação contra os formados a distância, mas, segundo ela, o preconceito foi superado. "Desde 2010, não há casos registrados", afirma Luiza.
Com o mercado aquecido e a consequente carência de mão de obra capacitada, o empresariado abriu mais espaço para os formados por EAD. Hoje, o diploma a distância gera estranheza apenas entre as empresas muito conservadoras. "São casos isolados, que refletem desconhecimento do sistema. Quem conhece, contrata", diz Fernanda Campos. "O ensino a distância exige disciplina, organização, responsabilidade, planejamento e familiaridade com recursos tecnológicos. São características que agradam ao mercado de trabalho".
A atitude do candidato ao buscar o EAD para superar obstáculos como a ausência de boas instituições de ensino perto de casa ou a falta de tempo também é vista de forma positiva. Em um ponto, porém, os recrutadores avaliam que o profissional formado por EAD leva desvantagem.
O desenvolvimento de relações interpessoais com colegas e mestres é mais fácil no ensino presencial. "Em uma sala de aula, você exercita liderança, troca experiências, faz contatos e isso faz diferença", diz Fernanda. Para tanto, é essencial que os alunos participem dos chats, das atividades presenciais oferecidas pela instituição, formem redes sociais alternativas ou mesmo agendem regularmente encontros presenciais com outros estudantes.
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