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07/04/2012 - 10h00

Cresce vacinação contra HPV em mulheres mais velhas

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GIULIANA MIRANDA
DE SÃO PAULO

Na bula, a vacina contra o HPV é recomendada até os 26 anos. Mas cresce o número de médicos que recomendam a imunização para mulheres que passaram dessa idade.

Na última terça-feira, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, promoveu um simpósio com especialistas do Brasil e do exterior para discutir o tema.

"O ideal é que se vacine por volta dos dez anos. Mas eu recomendaria em qualquer idade. Estudos mostram que a vacina funciona em mulheres até os 44 anos", disse o médico Darron Brown, da Universidade Yale (EUA).

O uso "off label" (diferente do recomendado na bula) já está tão difundido que aparece nos sites e materiais de divulgação de clínicas.

Mas a vacinação de mulheres mais velhas levanta um debate: pacientes que já tiveram contato com o HPV devem ser imunizadas?

"Temos visto que a vacinação após a infeção vale a pena. A mulher que foi contaminada com um tipo de HPV ainda pode ser protegida contra os outros", afirma a médica Adriana Campaner, da Santa Casa de São Paulo.

PIONEIRA

A Austrália adotou a vacina em 2007. Em palestra em São Paulo, Basil Donovan, da Universidade de Nova Gales do Sul, de Sidney, disse que a prevalência de câncer do colo do útero em mulheres jovens caiu mais de 10% nos últimos anos.

Segundo ele, ocorreu o fenômeno chamado "efeito de manada". Só as meninas foram vacinadas, mas isso ajudou a barrar a circulação do vírus entre os homens heterossexuais, o que, por sua vez, reduziu a contaminação das mulheres não vacinadas.

A imunização, feita em três doses, não é oferecida pelo SUS --o Ministério da Saúde ainda não incluiu a vacina no calendário oficial do país. Na rede particular, ela custa em torno de R$ 900.

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