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17/08/2012 - 05h05

Hospital de Barretos ganha robô para cirurgias

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ARARIPE CASTILHO
ENVIADO ESPECIAL A ARARAQUARA

O Hospital de Câncer de Barretos, que faz cerca de 1.400 cirurgias por mês via SUS (Sistema Único de Saúde), começa a realizar operações com um robô de alta precisão até novembro. Será o primeiro do interior paulista com a tecnologia.

Além de oferecer atendimento gratuito, a instituição é conhecida por manter boa parte de sua estrutura com doações de artistas e do setor privado. E o novo salto tecnológico também virá por aportes particulares.

A Cutrale, uma das gigantes da citricultura no Brasil, formalizou anteontem a doação de R$ 5 milhões para o hospital comprar o equipamento nos EUA.

Reprodução
Operação feita com o robô Da Vinci
Operação feita com o robô Da Vinci

A máquina pode ser usada em cirurgias de tumores urológicos, ginecológicos, de cabeça e pescoço e nos sistemas digestivos alto e baixo.

A meta é chegar a 600 procedimentos por ano. "Podemos nos tornar referência na América Latina nesse tipo de cirurgia porque o volume de casos atendidos em Barretos é muito grande", afirmou Henrique Prata, administrador do hospital.

A manutenção da máquina (US$ 300 mil anuais) será bancada durante cinco anos por Eunice Diniz, colaboradora da instituição.

Como o SUS não remunera cirurgias robóticas, segundo Prata, o custeio dos procedimentos virá de outras fontes tradicionais do hospital, como leilões de gado e ações beneficentes.

A própria Festa do Peão de Barretos, por exemplo, reverte parte de sua renda ao complexo de saúde local.

"Algumas pessoas [que vão a Barretos] não têm dinheiro para comer e será possível dar a eles o mesmo atendimento que encontrariam se fossem aos EUA ou para as capitais se tratar", diz Prata.

Carlos Otero de Oliveira, um dos diretores da Cutrale, disse que a empresa tomou a iniciativa "por acreditar na seriedade do hospital em levar atendimento a pessoas que jamais teriam esse tipo de oportunidade".

Na reunião com Prata e representantes no Brasil da Intuitive -fábrica dos robôs nos EUA-, Oliveira afirmou que a doação "vale mais pela atitude do que pelo valor em si".

Atualmente, robôs desse tipo são usados em três instituições particulares da capital paulista -Albert Einstein, Sírio-Libanês e Oswaldo Cruz.

O Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira) anunciou na semana passada que realizará cirurgias com robô até o final deste ano, mas com R$ 8 milhões do governo federal.

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