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Pesquisa sugere que asma, rinite e dermatite podem ser mesmo problema
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Colaboração para a Folha
Uma reportagem publicada na 9ª edição da revista Unesp Ciência sugere que três problemas alérgicos aparentemente distintos, como asma, rinite e dermatite, podem ser considerados um só, na realidade.
A única diferença é a parte do organismo em que eles se manifestam: a pele, no caso da dermatite; o pulmão, na asma; e o nariz, na rinite; o que os médicos chamam de tríade atópica ou tríade alérgica.
O professor imunologista pediátrico da Faculdade de Medicina da Unesp em Botucatu, Antonio Zuliani, explicou que a trajetória dessas doenças tem início com o aparecimento dos primeiros sinais de eczema em bebês, seguido pelas dificuldades respiratórias meses depois. A partir dos 4 anos, aparece a asma e, a partir dos 7, a rinite.
Estatísticas revelam que 55% dos pequenos portadores da dermatite -inflamação de origem alérgica que causa vermelhidão, lesões e coceira- ficam livres do sintoma quando crescem, mas entre 50% e 80% desses pacientes estão sujeitos a desenvolver asma e outra boa parte a ter rinite alérgica, de acordo com Zuliani.
Uma grande pesquisa realizada na Austrália, pelas Universidades de Melbourne e Monash em parceria com o Instituto de Pesquisa Menzies, acompanhou a trajetória da saúde de 8.583 pessoas, a partir dos 7 anos de idade, por cerca de quatro décadas.
Segundo o estudo, quem sofria de eczema na infância tinha uma propensão 70% maior de desenvolver asma até a idade adulta, em comparação a quem não foi atingido pela dermatite.
Entre os adolescentes, o número aumentava para 114%. Zuliani observou também que se sofrem os brônquios, sofre também o nariz, e que cerca de 80% dos pacientes com asma já enfrentaram crises de rinite.
De acordo com a reportagem, pesquisadores querem entender melhor por que a dermatite atópica está relacionada à asma, na busca por novos tratamentos. A maior questão é descobrir se existe uma relação causal entre as duas doenças ou se elas apenas se limitam a diferentes faces do mesmo problema.
Pesquisadores americanos da Universidade Washington, no Missouri, investigaram essa hipótese realizando experimentos em camundongos modificados geneticamente para que desenvolvessem o eczema. Concluíram que a pele lesionada libera uma substância desencadeadora de poderosa resposta imune, a TSLP (linfopoietina estromal tímica), que ao ingressar na circulação sanguínea e atingir os pulmões dos roedores, provoca os mesmos sintomas da asma.
Outros estudo mostraram que camundongos com pele sadia mas alterados geneticamente para produzir mais TSLP que o normal também sofreram do problema pulmonar.
Rafael Kopan, um dos autores da pesquisa, afirmou que a busca de formas de inibir a liberação de TSLP pode ser a chave para romper a associação entre asma e eczema.
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