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11/06/2010 - 08h01

Homens associam câncer de próstata à perda da virilidade

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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

De acordo com uma pesquisa realizada pela FMUSP (Faculdade de Medicina da USP), publicada no site da universidade, os homens maduros associam o câncer de próstata à perda da virilidade e da identidade masculina.

Realizado pela psicóloga Ana Cristina Vieira, com orientação do professor Marcos Francisco Dall'Oglio, da FMUSP, o estudou ainda levantou que os problemas geram sofrimento emocional e familiar.

A pesquisa avaliou 52 pacientes com diagnóstico de câncer de próstata encaminhados para tratamento cirúrgico há, no mínimo, seis meses. A média de idade dos avaliados era de 66 anos e 94% deles afirmaram ter vida sexual ativa.

A psicóloga entrevistou os pacientes a fim de entender quais eram as representações e fantasias relacionadas à doença, à vida afetiva e sexual. Constatou-se que a qualidade de vida altera-se desde o momento do diagnóstico e que tais mudanças relacionam-se a questões do gênero masculino.

Durante a pesquisa, verificou-se que 60% dos pacientes já apresentavam disfunção erétil antes do diagnóstico de câncer de próstata, mas não tinham queixas significativas dos efeitos em sua vida sexual.

O estudo ainda levantou que há muita desinformação sobre a doença, o que se agrava pelo fato do câncer de próstata ser assintomático quando em fase inicial. Ele é associado à disfunção erétil e a cirurgia é encarada como um obstáculo para a vida sexual, concluiu Vieira.

O diagnóstico causa sofrimento e dificuldades para manter um relacionamento afetivo e sexual, além de uma vida profissional e outras atividades cotidiana.

"Há um grande temor entre os homens da perda de sua identidade masculina e da própria vida", afirma a pesquisadora. "Poucos pacientes tem informações sobre os recursos para tratar o câncer de próstata e as sequelas decorrentes do próprio tratamento, como eventuais
problemas na função erétil."

A psicóloga ressalta que o câncer de próstata é a quarta causa de morte de homens com mais de 50 anos no Brasil, e que as conclusões do estudo reforçam a necessidade de um atendimento multidisciplinar que permita o diagnóstico e o tratamento precoce, o que aumenta as chances de cura.

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