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Cérebro é programado para reviver emoções, diz pesquisador
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DÉBORA MISMETTI
ENVIADA ESPECIAL A GRAMADO (RS)
O processo é semelhante ao que acontece com as memórias: primeiro vivemos os fatos, depois guardamos e então armazenamos de uma maneira que permite acessar aquele acontecimento quando for oportuno.
De acordo com o professor de neurologia Antoine Bechara, o caminho das emoções no nosso cérebro é bem parecido, como ele explicou durante palestra no congresso Cérebro, Comportamento e Emoções, realizado na última semana em Gramado (RS).
Primeiro, recebemos estímulos diretos: algo acontece e causa uma resposta emocional. "Isso pode tanto ser o encontro com a pessoa amada, quanto ver uma cobra ou ganhar um milhão de dólares", disse Bechara.
A resposta emocional é detonada pela amígdala, uma estrutura do cérebro responsável por reações como aceleração do batimento cardíaco, suor e até as "borboletas" no estômago sentidas pelos apaixonados.
Depois, o córtex insular guarda essas representações de estados emocionais. "É como uma memória de como você se sente em cada situação", disse o professor, que atua na Universidade de Iowa.
Já o córtex pré-frontal é o responsável por ativar os estados emocionais quando a pessoa se lembra do acontecimento passado. Por isso é possível se emocionar lembrando o tempo passado com alguma pessoa ou a morte de alguém querido. Isso detona também as reações autonômicas da amígdala, as respostas físicas ao estado emocional.
Pessoas com lesões no córtex pré-frontal até conseguem se lembrar dos fatos passados, mas não revivem o estado emocional e nem têm as reações físicas normais que acompanham a emoção, como a aceleração do batimento cardíaco.
Essa programação nos torna seres emotivos, e isso é uma coisa boa, de acordo com o professor. "Quem não consegue processar as emoções toma decisões piores na vida", disse Bechara. "Problemas cerebrais nas áreas responsáveis pelas emoções causam dificuldades para fazer planos, escolher amigos e ganhar dinheiro."
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