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06/07/2010 - 07h58

Quem toma droga contra impotência tem mais risco de doença sexualmente transmissível

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DA REUTERS

Os homens que tomam remédios para disfunção erétil, como Viagra, tem mais probabilidade de serem infectados com doenças sexualmente transmissíveis, incluindo Aids, afirmaram pesquisadores norte-americanos da Harvard Medical School, em um estudo publicado na revista Annals of Internal Medicine, na segunda-feira (5).

O estudo mostra que homens de meia-idade precisam de conselhos sobre a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, especialmente a Aids, que é mortal e incurável, informou a equipe de Anupam Jena.

"Usuários de drogas para disfunção erétil tiveram maiores taxas de HIV, clamídia, gonorréia e sífilis nos 12 meses antes de preencher a sua primeira prescrição dos medicamentos, embora apenas clamídia e HIV foram estatisticamente significativos neste período", escreveu a equipe de Jena.

As taxas de HIV por 100.000 homens no ano anterior foram de 66,5 naqueles que não tomaram nenhum medicamento para o problema, contra 147,2 nos homens que tomaram. As taxas de clamídia foram quase o triplo em homens que tomaram remédio -41 por 100.000, comparado a 15 por 100.000 nos homens que não usaram drogas.

"No mínimo, o uso dessas drogas parece estar relacionado a um maior risco de comportamento sexual, tanto no número como no tipo de encontros sexuais."

Jena e sua equipe estudaram os registros do seguro de saúde de 33.968 homens, com pelo menos uma prescrição para uma droga para disfunção erétil, e mais de um milhão de homens sem receita médica, em pesquisas de códigos de faturamento relacionados a doenças sexualmente transmissíveis.

Os remédios para disfunção erétil mais populares são o Viagra, da Pfizer,o Levitra, da GlaxoSmithKline e o Cialis, da Eli Lilly.

Todos eles pertencem a uma classe chamada inibidores da fosfodiesterase tipo 5 e trabalham aumentando o fluxo sanguíneo.

Como 40% dos homens com idade entre 57 e 85 anos têm algum grau de disfunção erétil, os editores da revista escreveram um resumo das conclusões.

Thomas Fekete, da Temple University School of Medicine, na Filadélfia, disse que o estudo "nos lembra que os homens com mais de 40 anos continuam sexualmente ativos, mesmo que precisem de ajuda química para isso."

"Houve a preocupação de que estes inibidores da fosfodiesterase tipo 5 tornaram-se drogas de estilo de vida utilizadas para intensificar o prazer sexual, mesmo em homens sem disfunção erétil", Fekete escreveu em um comentário.

O estudo foi incapaz de documentar como os homens conseguiam as drogas, e também não considerou os homens que compraram as drogas pela internet.

Fekete descobriu algo mais intrigante. "Se a taxa estimada de disfunção em homens com mais de 40 anos foi de 20% a 40%, parece surpreendente que menos de 7% dos homens com cobertura de seguro receberam prescrição de medicamentos para este fim", escreveu ele.

"Isto implica que, apesar de disfunção sexual, pelo menos um terço dos homens estavam satisfeitos com suas vidas sexuais ou obtiveram drogas para disfunção erétil através de outros canais -pela internet, por exemplo", acrescentou.

O estudo constatou que, em 2006, 3,6% dos homens com mais de 40 anos utilizavam Viagra; 1,7% usaram Cialis; e 1% usaram Levitra.

 

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