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Ginástica funcional promete preparar corpo para funções do dia a dia
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MANUELA MINNS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Pegar algo pesado no chão, brincar com as crianças ou empurrar um armário são atividades banais que, para os pouco preparados, podem gerar um nervo pinçado ou uma dor nas costas.
Silvia Zamboni/Folhapress |
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Ginástica da moda dentro e fora das academias promete tirar a pessoa do conforto para fazê-la mais forte no dia a dia |
Preparar o corpo para funções do dia a dia é o que promete a chamada ginástica funcional, que está cada vez mais popular, dentro e fora das academias. Mas será que funciona para tudo e todos?
"O treino funcional une exercícios da preparação física de vários esportes e o trabalho de reabilitação do corpo, sempre pensando em atender as necessidades de cada indivíduo", diz Luciano D'Elia, diretor técnico do Core360, projeto de capacitação de treinamento funcional.
LIMITAÇÕES
O primeiro passo, segundo ele, é uma avaliação física para saber as limitações do aluno e seus objetivos.
"Às vezes o aluno quer perder peso, mas antes é preciso identificar suas necessidades reais que, quando atendidas, darão a base para a realização do objetivo final", afirma D'Elia.
Essas necessidades podem ser desde realinhamento postural até preparo para um futebol de fim de semana.
Os treinos incluem movimentos similares aos que são feitos no cotidiano, como corrida, trote, saltos e atos de puxar e arrastar. E, de acordo com seus entusiastas, sempre levam em conta a idade e a condição física da pessoa.
"Uma aula nunca é igual à outra. Exercícios variados deixam o treino mais interessante, para o aluno não desistir", diz Edson Ramalho, preparador graduado em educação física e mestrando em ortopedia na Unicamp.
Uma coisa a ginástica funcional é: lúdica. Envolve bolas, molas, elásticos, barras e pranchas de estabilidade.
Com esses acessórios criam-se desafios como pegar uma bola, puxar um elástico, saltar lateralmente e fazer ações cotidianas com um pé só ou olhos vendados.
"Tiramos o aluno da zona de conforto. Ele é forçado a trabalhar o corpo de forma inteligente", diz Ramalho. Esses estímulos, afirma, melhoram o equilíbrio e a resistência e fazem perder peso.
PREVENÇÃO
"Não se pode descartar a melhora na aparência física, já que muitas vezes é o que faz com que o aluno procure o treino", diz D'Elia.
Quem quer músculos bombados, no entanto, não vai encontrá-los nesse tipo de ginástica.
Luiz Fernando Alves, treinador da clínica Força Dinâmica e professor de educação física especializado em prevenção de lesões, lembra que os exercícios propostos pelo treinamento funcional têm grandes amplitudes e, em geral, são executados de maneira muito rápida.
"Esses fatores podem dificultar a coordenação e o alinhamento, aumentando o risco de lesões articulares".
Segundo ele, o trabalho com bases instáveis, como agachamentos e flexões utilizando bolas ou pranchas de equilíbrio exigem uma atenção redobrada do treinador.
"Nessas situações, a instabilidade das articulações é maior, os exercícios devem ser feitos devagar e com pouca amplitude. Do contrário, a chance de lesão é muito grande", alerta.
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