Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
29/09/2010 - 11h50

Técnica de estimulação neurológica é testada contra danos do AVC

Publicidade

GUILHERME GENESTRETI
DE SÃO PAULO

Métodos de estimulação neurológica podem ser uma solução para reverter sequelas em pessoas que sofreram acidente vascular cerebral.

É o que sugere estudo do Centro de Investigações em Neurologia da USP, feito com pacientes que passaram recentemente por AVC isquêmico (não mais de 45 dias).

Editoria de Arte/Folhapress

As técnicas, empregadas até agora em 22 pacientes, foram a estimulação magnética transcraniana e a estimulação elétrica seletiva periférica. "Os resultados são animadores", segundo a neurologista Adriana Conforto, que coordenou o estudo.

Na primeira técnica, uma bobina apoiada na cabeça do paciente gera um campo eletromagnético que estimula os neurônios do cérebro.

Na outra, eletrodos colocados no membro afetado (um braço paralisado, por exemplo) descarregam corrente elétrica que chega ao cérebro para reativar as funções motoras perdidas.

Segundo a neurologista Adriana Conforto não houve efeitos colaterais como crises convulsivas ou danos à pressão arterial dos pacientes em nenhuma das técnicas testadas. Para ela, os resultados "são uma esperança de tratamento às pessoas que sofreram da doença".

Cerca de 75% das vítimas de AVC apresentam alguma sequela nos braços e nas pernas, em pelo menos um lado do corpo. Os danos podem incluir de fraqueza nas mãos a um comprometimento motor mais grave.

Os tratamentos geralmente empregados, como a fisioterapia e a terapia ocupacional, costumam ser mais eficazes nos seis meses seguintes ao derrame. Se a pessoa não se recuperar nesse período, diz a médica, "as chances diminuem e até 60% dos pacientes continuam com algum comprometimento".

Rubens Gagliardi, vice-presidente da Academia Brasileira de Neurologia, lembra que a neuroestimulação já é estudada em centros de referência como a USP e a Santa Casa e pode ser promissora.

Mas ainda não é prática clínica: "Estamos procurando possibilidades, mas ainda só temos estudos. Precisamos fazer mais testes se quisermos abrir uma perspectiva eficaz de tratamento", diz.

+ Livraria

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página