Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
30/11/2010 - 13h23

Cadastro antigo reduz chances de localizar doadores de medula

Publicidade

DENISE MENCHEN
DO RIO

A desatualização de informações cadastrais impede a localização de cerca de 12% dos doadores brasileiros de medula óssea.

Acompanhe a Folha no Twitter
Conheça a página da Folha no Facebook

A estimativa é do Inca (Instituto Nacional de Câncer), que coordena o Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea).

Com o objetivo de diminuir a incidência do problema, o órgão prepara, para o início de 2011, o lançamento de um sistema on-line de atualização dos dados pessoais desses doadores de medula óssea. Atualmente, isso pode ser feito apenas por telefone ou e-mail.

Os centros que realizam o cadastramento também serão instruídos a aumentar as orientações para os inscritos no programa.

O coordenador do Redome e diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea do Inca, Luis Fernando Bouzas, diz que o percentual de 12% está abaixo do verificado em outros registros de doadores do mundo. Os Estados Unidos, com 5 milhões de inscritos, detêm o maior deles.

Segundo o Inca, de cada quatro pacientes que buscam doador compatível entre irmãos, apenas um tem êxito. Fora da família, a chance cai para um em cem mil.

Editoria de Arte/Folhapress

FILA DE ESPERA

Bouzas explica que cerca de 70 doenças podem levar à necessidade de transplante de medula óssea, tecido onde são produzidos os componentes do sangue. Entre elas estão a leucemia, o linfoma e alguns tipos de anemia. Atualmente, 1.073 brasileiros aguardam por um doador.

A lista já foi bem maior. Nos últimos dez anos, a chance de a pessoa encontrar um doador compatível no Redome passou de 10% para 64%. No mesmo período, o número de doadores inscritos no registro passou de 12 mil para 1,9 milhão.

Com o crescimento, os gestores decidiram mudar a estratégia das campanhas. No próximo ano, o foco será nas áreas com menos representatividade no registro.

"Os Estados com maior representação são os das regiões Sul e Sudeste, especialmente São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Minas Gerais", diz. "O Norte, o Nordeste e o Centro Oeste têm uma participação menor."

A presença dos diferentes Estados é importante, segundo Bouzas, porque as características genéticas da população variam de um local para outro. Um negro do interior da Bahia, por exemplo, dificilmente terá compatibilidade com um japonês da capital paulista.

O Inca informa que qualquer pessoa saudável entre 18 e 55 anos pode se tornar um doador de medula óssea. Para isso, é preciso procurar o Hemocentro do Estado onde mora, para fazer a coleta de uma amostra de sangue.

Os dados ficam então armazenados para consulta. Caso surja algum paciente compatível, a pessoa passa por novos exames e é convidada a realizar a doação.

A medula óssea é retirada do interior dos ossos da bacia, por meio de punções. O procedimento é feito sob anestesia peridural ou geral e a alta ocorre após 24 horas.

Segundo Bouzas, o procedimento é seguro e causa apenas um desconforto passageiro, que é controlado com analgésicos.

+ Livraria

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página