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Jovens convencem os pais a trocar "trivial" por congelados
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JULIANA VINES
DE SÃO PAULO
DO RIO
No carrinho de compras da dona de casa Edilza Gomes, 52, a pilha de produtos congelados é bem maior do que a de macarrão, óleo e farinha.
Entidades discutem hoje regras para publicidade de alimentos
Mateus Bruxel/Folhapress |
A estudante Amanda de Araujo, 18, que enche o carrinho de empanados, em mercado de São Paulo |
"A culpa é dela", diz, olhando para a filha, a estudante Amanda Gomes de Araujo, que, segundo a mãe, não almoça sem hambúrguer ou frango empanado.
"Essa não é a compra de mês. Já compramos arroz e feijão", fala Amanda, 18, enquanto pega salgadinhos da gôndola do supermercado.
Se não fosse a mãe, o arroz sumiria do armário. "Ela não gosta de nada feito em casa."
Na lista de compras da autônoma Iracema Isabel da Silva, 43, não tem feijão nem farinha, mas tem refrigerante, macarrão instantâneo e pão de forma. "Meu filho come bastante fora. No jantar, ele gosta de sanduíche."
De três anos para cá, ela percebeu que o pacote de cinco quilos de arroz da compra de mês passou a durar mais do que 30 dias.
"Hoje, gastamos a metade da quantidade de arroz, mas eu compro muito mais frios, pães, pizza e lasanha."
SEMIPRONTOS
Apontados como vilões da alimentação saudável pelo excesso de sal, açúcar e gordura, os alimentos semiprontos aumentaram sua presença entre as faixas de renda mais baixas.
Segundo o IBGE, a compra desses produtos pelos 20% mais pobres cresceu 67% entre 2003 e 2009. Entre os 20% mais ricos, a alta foi de 21%. Mas esses consomem 5,6 kg a mais que os primeiros.
Para realizar a pesquisa, o IBGE pediu a todas as famílias visitadas pela POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) que anotassem os alimentos e bebidas comprados em uma semana.
O instituto passou as quantidades para quilos e estimou o total de um ano.
Além do excesso de açúcar, os resultados mostram um consumo de frutas, legumes e verduras abaixo do ideal - juntos, esses alimentos responderam por apenas 2,8% das calorias disponíveis, bem abaixo dos 9% a 12% recomendados.
O consumo de gorduras ficou dentro do indicado na média nacional, mas superou o limite de 30% nas faixas de renda mais altas.
Nesses segmentos, nota-se uma substituição dos carboidratos complexos (com fibras) por gorduras.
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