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Estudos encontram vínculos genéticos com doenças cardíacas
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DA REUTERS
Cientistas identificaram 13 novas variantes genéticas que elevam o risco de uma pessoa apresentar doença cardíaca, a maior causa de mortes no mundo, após uma série de estudos genéticos internacionais de grande escala.
A descoberta de 13 variações genéticas até agora desconhecidas e a confirmação de outras dez devem oferecer pistas para entender como se desenvolvem problemas cardíacos como a doença arterial coronariana e levar a tratamentos novos e mais eficazes, disseram os pesquisadores.
As descobertas também sugerem que futuramente pode valer a pena mapear o perfil de variantes genéticas para problemas cardíacos de pacientes, como parte do atendimento clínico de rotina, com vistas a oferecer planos mais personalizados de prevenção ou tratamento.
"Munidos dessa informação, provavelmente teremos condições melhores de identificar desde cedo na vida as pessoas com alto grau de risco, podendo então tomar rapidamente as medidas necessárias para neutralizar o risco excessivo", disse Themistocles Assimes, da Escola de Medicina da Universidade Stanford, nos EUA. Assimes é um dos muitos cientistas de vários países que participaram do estudo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são a maior causa de morte no mundo, provocando 17,1 milhões de mortes por ano. Bilhões de dólares são gastos todos os anos com aparelhos médicos e medicamentos para tratar essas doenças.
Já foi comprovado que fatores ligados ao estilo de vida, como tabagismo, consumo de álcool, alimentação pouco saudável e falta de exercício físico elevam o risco de ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais, mas cientistas também vêm examinando mapas do DNA para identificar genes que também possam elevar o risco cardiovascular de pacientes.
Para este estudo, publicado no domingo no periódico Nature Genetics, juntamente com dois outros artigos sobre variantes de risco para doenças cardíacas, um consórcio internacional analisou dados de 14 chamados estudos de associação genômica anteriores, que analisam os perfis genéticos de pessoas.
Os pesquisadores examinaram os perfis genéticos completos de mais de 22 mil pessoas de origem europeia com históricos de doença cardíaca ou ataque cardíaco e de 60 mil pessoas saudáveis. O estudo foi quase dez vezes maior que o segundo maior estudo de genoma completo realizado até hoje.
Os pesquisadores disseram que os resultados mostram que, do total de 23 variantes conhecidas hoje, sete estão ligadas aos níveis de colesterol "ruim", ou LDL, e um é ligado à hipertensão --ambos fatores conhecidos de risco para doenças cardíacas.
Mas outras variantes não guardam nenhuma relação com fatores de risco cardiovascular conhecidos --fato que, segundo os cientistas, abre novas oportunidades para pesquisas e descobertas futuras.
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