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02/07/2010 - 05h30

Contra nova decepção, Holanda troca espetáculo por pragmatismo

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RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

Quem se acostumou a ver a Holanda como uma seleção de futebol ofensivo e vistoso corre o risco de só reconhecer a adversária desta sexta-feira do Brasil graças às pouco usuais camisas laranjas.

Cansado de encantar os torcedores e perder as partidas decisivas, o time que um dia foi conhecido como "Laranja Mecânica" trocou o espetáculo pelo pragmatismo.

Frank Augstein/Associated Press
Da esquerda para direita: Dirk Kuyt, Arjen Robben e Mark van Bommel brincam em treino
Da esquerda para direita: Dirk Kuyt, Arjen Robben e Mark van Bommel brincam em treino

Uma das duas equipes que entram nas quartas de final da Copa do Mundo com 100% de aproveitamento, a Holanda deixou em todas as partidas que fez até o momento na África do Sul a impressão de estar se poupando.

O time do técnico Bert van Marwijk tem jogadores talentosos e vem dominando seus adversários. Depois de usar essa superioridade para abrir o placar, começa a tocar de lado, administrando o resultado e atacando vez ou outra, apenas "na boa".

O enredo se aplica às quatro partidas da Holanda neste Mundial. Em nenhum momento, a equipe europeia esteve em desvantagem no marcador. No entanto, todos os placares foram econômicos --o 2 a 0 sobre a Dinamarca, na primeira rodada, foi seu resultado mais elástico.

Frank Augstein/Associated Press
Dirk Kuyt cabeceia em treino da Holanda
Dirk Kuyt cabeceia em treino da Holanda

"Sei que o time brasileiro jogava um futebol bonito, assim como o holandês. Mas agora não há mais espaço para 'samba' ou futebol total. O esporte mudou e tudo funciona de maneira mais rápida. Os jogadores estão em melhor forma e são mais organizados", diss Van Marwijk, na véspera do jogo contra o Brasil.

O cenário atual é bem diferente do visto há dois anos, na Eurocopa. Na ocasião, o time laranja fez 3 a 0 na Itália e goleou a França por 4 a 1 na primeira fase, mas caiu logo no primeiro mata-mata, eliminado pela Rússia.

Após a Euro, Van Marwijk assumiu e as goleadas minguaram. Ainda aconteceram em amistosos de pouca importância ou contra rivais inexpressivos nas eliminatórias do Mundial.

Mas mesmo no torneio qualificatório foi possível ver essa faceta. A Holanda venceu Macedônia e Islândia, rivais que nunca disputaram uma Copa, por somente um gol de diferença.

No fim do ano passado, a seleção laranja chegou a ficar três jogos consecutivos sem fazer um mísero gol. Foram empates por 0 a 0 contra Austrália, Itália e Paraguai.

 

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