Acusada de não ser mulher, sul-africana Semenya poderá voltar a competir

A corredora sul-africana Caster Semenya, que não compete desde que passou por testes de gênero após conquistar o título mundial dos 800 metros, em agosto, foi liberada para voltar às pistas pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF), informa a agência sul-africana "SAPA".

Semenya, 19, pode voltar a correr no Mundial júnior que será disputado entre os dias 19 e 25 deste mês em Moncton, no Canadá.

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AFP

Caster Semenya comemora vitória em Berlim, em agosto de 2009

As assombrosas marcas conseguidas por por ela levantaram suspeitas sobre seu suposto hermafroditismo. A atleta ganhou o título africano dos 800 metros com 1min56s72 e depois o mundial com 1min55s45, em Berlim.

A IAAF submeteu Semenya a um longo processo de verificação de sexo que deveria ter sido resolvido no final de junho. A demora fez com que ficasse fora de forma, de acordo com seu treiandor, Michael Seme.

"Caster está treinando, mas não está em forma porque não sabemos quando poderá voltar a competir. Não pode fazer trabalhos de velocidade, nem se preparar para corridas até que saibamos quando pode retornar", declarou o técnico.

O tratamento médico para estas características orgânicas pode ser de caráter hormonal ou cirúrgico, o que, segundo a agência sul-africana, poderia explicar a demora na resolução do caso.

Semenya anunciou há dois meses sua intenção de voltar no meeting de Zaragoza, na Espanha, em 24 de junho, mas o evento foi cancelado.