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EUA "levam a sério" mudança climática, afirma Rice
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da France Presse, em Washington
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, afirmou que os Estados Unidos tratam a questão do aquecimento global com atenção e seriedade. Ela inaugurou nesta quinta-feira, em Washington, uma conferência com os 16 países que mais emitem gases de efeito estufa.
"Os Estados Unidos levam muito a sério a mudança climática por ser uma grande força econômica e um grande emissor de poluição", afirmou a secretária em seu discurso de abertura da reunião.
Ela também considerou que o país apóia os objetivos da ONU em termos de ambiente e disse esperar que a conferência sobre mudança climática na Indonésia seja bem-sucedida, referindo-se à cúpula da ONU que será realizada em dezembro.
No discurso, Rice afirmou que a reunião em Washington deve responder a duas questões: "Em que tipo de mundo queremos viver?" e "Que tipo de mundo queremos entregar para as gerações futuras?".
A conferência de dois dias inicia um processo de 15 meses nos quais as grandes economias vão elaborar estratégias para tentar reduzir as emissões de gases e utilizar o poder dos negócios e as novas tecnologias para combater a poluição.
O presidente George W. Bush, bastante pressionado pela comunidade internacional para endurecer as ações do país contra o aquecimento global, falará no encontro de Washington. Mais quatro ou cinco encontros semelhantes acontecerão até o final de 2008.
Ceticismo
Dada a hostilidade com que Bush tratou o Protocolo de Kyoto nos últimos seis anos, a nova postura do presidente americano ainda é vista com ceticismo na ONU e entre os defensores do protocolo.
Muitos temem que Bush promova uma agenda de reduções voluntárias entre um pequeno grupo de países poluidores, enfraquecendo o fórum global, que avança mais lentamente, porém estabelece metas mais exigentes.
"O único objetivo da reunião de Washington é impedir qualquer avanço significativo na conferência de Bali em dezembro", afirmou Josh Dorner, porta-voz do Sierra Club, a maior organização de preservação ambiental americana. "Acho que o pior problema é a China usando a inércia americana como desculpa para sua própria inércia e vice-versa", destacou.
A conferência na Indonésia tem como objetivo estabelecer um marco de negociações, baseadas na Convenção sobre Mudanças Climáticas da ONU (UNFCCC) para acelerar as metas de redução de emissões quando terminar a primeira fase do Protocolo de Kyoto, em 2012.
Em uma advertência velada a Washington, Ban declarou que "todos os outros processos e iniciativas devem ser compatíveis com o processo da UNFCCC e alimentá-lo, colaborando para o seu sucesso".
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