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Com vazão menor, produção de hidrelétricas deve cair 2%
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JANAINA LAGE
da Folha de S.Paulo, no Rio
A produção de energia hidrelétrica terá uma queda de até 2,2% até 2100 em razão da menor vazão, a quantidade média anual de água que aflui para as usinas. Na projeção mais otimista, a queda deve ficar em torno de 1%.
O estudo analisou as bacias do Rio Paraná, Grande, Paranaíba, Parnaíba, São Francisco e Tocantins-Araguaia. Elas representam quase 70% da capacidade instalada do país.
Os impactos que as mudanças do clima global podem causar no sistema hidrelétrico estão relacionados ao comportamento das vazões nas bacias dos rios ou a alterações na probabilidade de ocorrência de tempestades e secas extremas, que poderiam prejudicar a operação das usinas.
Segundo Alexandre Szklo, da Coppe, o problema é mais grave nas áreas de fronteira da produção de energia hidrelétrica, na região Norte. "A perda pode ser maior se considerarmos as usinas que vão entrar em operação, como Jirau e Belo Monte, que têm reservatórios pequenos. Nestes casos, a perda de vazão é basicamente a mesma da geração elétrica. Estas usinas podem ter perda de cerca de 15%".
Para Claudio Sales, do Instituto Acende Brasil, o estudo dá uma direção para o país. "O Brasil tem de reverter a tendência de condenar as usinas de reservatórios grandes, desde que faça isso com o devido cuidado ambiental".
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