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Minc diz que dados sobre desmatamento são "preocupantes"
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) considerou nesta segunda-feira "preocupantes" os dados divulgados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que indicam o aumento do desmatamento na floresta Amazônica. Minc anunciou um pacote de medidas para coibir a destruição de florestas na região, entre elas o início da apreensão de gado criado em propriedades não regularizadas --chamada por Minc de operação "boi pirata"-- e a criação de um batalhão de guarda florestal para evitar ações de degradações às florestas.
O ministro admitiu que os dados do Inpe podem não ser precisos uma vez que as imagens aéreas captadas na Amazônia foram prejudicadas por nuvens na região. Mas ressaltou que, apesar das limitações do acompanhamento aéreo, os números indicam que o desmatamento na Amazônia pode crescer ainda mais nos próximos meses.
"Os piores meses de desmatamento, historicamente, são junho, julho e agosto. Não podemos dormir no ponto, o pior está por vir. Mesmo sendo um indicativo, impreciso, com nuvens, é comparado com outros semelhantes", alertou.
O ministro atribuiu o crescimento das áreas desmatadas ao aumento do preço da soja e da venda de gado no mercado econômico. Segundo Minc, há uma relação direta entre o aumento do preço da carne, da soja e o desmatamento.
"Isso significa estímulo para que novas áreas sejam ocupadas. É muito mais até o gado do que a soja, que normalmente é a segunda etapa da produção", afirmou.
Minc anunciou que, a partir do dia 15 junho, a operação "boi pirata" vai monitorar a cadeia produtiva do gado. As siderúrgicas, frigoríficos, madeireiras e agropecuárias serão notificados para que informem ao governo todos os seus fornecedores de carne. Os identificados como "irregulares" terão a produção de gado apreendida pelo governo.
"Se uma siderúrgica compra material de frigorífico ilegal, ela é responsável pelo crime ambiental", explicou Minc. O ministro não descarta doar o gado apreendido para o programa Fome Zero, do governo federal. "Pode ser uma alternativa para alimentar a quem precisa."
Patrulhamento
Minc disse que, também a partir deste mês, o governo vai ampliar o controle sobre a região amazônica com o envio de 500 homens para a fiscalização da região --como o núcleo da futura "guarda nacional ambiental" que será criada no país.
Em conversa com o ministro Tarso Genro (Justiça), Minc disse que recebeu o compromisso de que será criado um batalhão especial com treinamento ambiental para agir a partir do segundo semestre deste ano no combate ao desmatamento.
O ministro ainda espera que a decisão do CMN (Conselho Monetário Nacional) de restringir, a partir de 1º de julho, a concessão de financiamento agrícola para quem não cumpre critérios ambientais também vai ajudar na redução das áreas desmatadas.
Outra medida do governo, segundo Minc, será criar uma espécie de "paredão verde de unidades de conservação" para coibir o desmatamento.
"O dado é preocupante, não vamos brigar com o termômetro, não queremos chorar a seiva derramada. Vamos agir, o tempo é curto, as medidas estão certas, não deu tempo para surtirem efeito, algumas nem começaram. O boi pirata vai começar a partir de junho. Várias começaram e ainda não renderam frutos, outras estão começando agora", enfatizou.
Números
O Inpe detectou que 1.123 km2 da floresta Amazônica sofreram desmatamento no mês de abril, uma área semelhante à cidade do Rio de Janeiro. Os Estados em que foram registradas as maiores áreas desmatadas foram Mato Grosso (794,1 km2) e Roraima (284,8 km2), segundo relatório divulgado nesta segunda-feira.
Em março, o índice de desmatamento havia ficado em 145 km2. Conforme o Inpe, o aumento pode ser explicado, em parte, pela maior oportunidade de observação do sistema Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), que faz essa medição. Isso porque em março deste ano 78% da Amazônia estava sob nuvens e, em abril, esse índice foi reduzido para 53%.
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+ Comentadas
Assim, não se vai a lugar,algum.
Enquanto o Governo,tratar o assunto, de forma "política, para o Inglês, ver",não passaremos do desmatamento desordenado, e exploração dos recursos,concentração de rendas, etc...,ficará por aí.
A Amazônia e seu processo de desmatamento,requer, a meu ver, a constituição de uma COMISSÃO de notáveis, nas areas de infraestrutura,energia,agricultura,recursos naturais,engenharia de obras,e desenvolvimento sustentável,urbanismo e implantação de cidades e PESSOAS.
Estes, selecionados , reunidos e remunerados, para tal, elaborariam um PROJETO COMPLETO, incluindo o Gerenciamento do mesmo - um plano Marshall Tupiniquim - para Desenvolvimento, da região de abrangência, integrado, a fim de ocupação racional, autosustentável e harmonico.
" FOCO e Desenvolvimento TOTAL "
Teriamos aí, sim o maior PAC , do MUNDO , por 20 anos, futuros.
Até que poderia ocorrer,por osmose, o envolvimento
dos países vizinhos, que margeiam o rio Amazonas.
Dinheiro, pelo visto, não FALTA.Basta organizar e mandar " BALA ".
Aposto neste MEGA PROJETO, como Vitorioso.
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Existem diversas areas desmatadas que agora estão com pastagem degradada.
Grande parte dos ruralistas querem mesmo é vender madeira e lucrar muito. Depois vendem a terra aos pequenos produtores rurais (isto aconteceu e acontece em todo o Brasil).
Outra coisa, se o solo da amazonia não mudou, quando desmatarem aquilo-lá, vai tudo virar deserto.
O solo dos EUA e EUROPA é diferente daqui, possui quantidade de argila diferente e capacidade de armazenamento de água diferente, não dá para comparar.
Decisão técnica e não política.
Muitas ONGs são honestas mais que os políticos de plantão.
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