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Relatório da ONU condena EUA por falhas no Oriente Médio
da BBC
O jornal britânico "The Guardian" publicou em sua edição desta quarta-feira uma reportagem em que afirma que um relatório interno da ONU acusa os Estados Unidos de "golpearem até a submissão" o papel da organização como um negociador imparcial no Oriente Médio.
De acordo com o jornal, o relatório é de autoria de Álvaro de Soto, o mais alto representante da ONU em Israel até maio, e foi escrito no dia 5 de maio.
Hatem Moussa/AP |
Membros armados do grupo radical Hamas passam por ruas Gaza |
O documento teria 53 páginas e, segundo o "Guardian", apresenta uma série de duras críticas à postura dos EUA, de Israel, dos palestinos e da própria ONU na condução das negociações que deveriam encerrar o conflito na região.
O jornal, cuja reportagem tomou boa parte da capa e uma página interna completa, afirma que o relatório representa um "relato devastador de uma diplomacia fracassada".
A reportagem cita vários trechos do documento, intitulado "Fim da Missão", e afirma que Soto critica todos os lados envolvidos no processo de paz, inclusive a própria ONU.
Segundo o texto, o peruano diz que o Quarteto (grupo formado por ONU, União Européia, Rússia e Estados Unidos para buscar um acordo de paz) foi gradualmente perdendo sua imparcialidade.
Influência
O "Guardian" destaca ainda uma série de pontos do documento: diz que Soto critica o boicote imposto aos palestinos após a eleição do grupo Hamas no pleito de 2006; afirma que Israel impôs "precondições inalcançáveis" para o diálogo; e que palestinos não pararam com a violência.
O enviado teria afirmado ainda que as negociações de paz se tornaram "totalmente irrelevantes".
Um dos pontos mais destacados pelo jornal é o que Soto diz sobre a postura americana e sobre a influência dessa postura nas negociações.
Segundo os repórteres do "Guardian", Soto culpa a grande influência exercida pelos Estados Unidos pela autocensura da ONU na hora de fazer críticas aos americanos.
O relatório incluiria ainda detalhes da reação dos Estados Unidos quando o Hamas venceu as eleições palestinas em 2006.
De acordo com a reportagem, Soto relata que, logo depois do pleito, o Hamas colocou em ação um plano para a formação de alianças com outros partidos rivais, como o Fatah.
O enviado teria dito, no entanto, que os Estados Unidos desencorajaram outros políticos palestinos a participar da coalizão. "Nos foi dito que os Estados Unidos eram contra a 'dissolução' da linha que divide o Hamas das forças políticas que defendiam a solução da criação de dois Estados [Israel e um Estado Palestino]", disse Soto.
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