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Visita de Gabrielli não resolve questão do gás "no curto prazo"
da BBC Brasil
A visita do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, nesta terça-feira, a La Paz, na Bolívia, não deverá resolver, no curto prazo, o problema de abastecimento de gás no Brasil, de acordo com representantes dos governos brasileiro e boliviano que acompanham as novas negociações.
"Não quero gerar falsas expectativas para a reunião que teremos com o senhor Gabrielli", disse o ministro boliviano de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, durante entrevista nesta segunda-feira, em seu gabinete, em La Paz.
"Juntos, vamos fazer um balanço da situação com nossas equipes técnicas e definir uma agenda nesta relação Brasil e Bolívia", afirmou, evitando maiores detalhes, apesar das perguntas dos jornalistas.
No governo brasileiro, a expectativa é de que Gabrielli converse com Villegas sobre o aumento dos investimentos brasileiros na Bolívia, a partir de um plano apresentado recentemente ao governo boliviano, e ainda sobre a possível ampliação do fornecimento de gás ao Brasil.
"Mas nada será resolvido, de vez, antes de um prazo de, no mínimo, três anos. Até lá é quase impossível que se consiga aumentar a atual quantidade de gás boliviano para o volume que o Brasil necessita", disse um negociador brasileiro que há mais de um ano acompanha as discussões sobre a questão energética entre os dois países.
De acordo com negociadores brasileiros, a Petrobras deverá ampliar em 1 milhão de metros cúbicos por dia, dentro de um ano, o gás que manda da Bolívia para o Brasil.
Mas a quantidade, se confirmada, seria insuficiente. "A Petrobras e o governo brasileiro estão agindo agora, principalmente, para evitar que a situação piore daqui a três anos. Mas no curto prazo a situação parece complicada", afirmou o negociador brasileiro.
A previsão é de que Gabrielli se encontre com Villegas na manhã desta terça-feira, em La Paz, e retorne ao Brasil no fim do dia.
No final de semana, em Santiago, no Chile, durante a cúpula Ibero-americana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá conversar, mesmo que rapidamente, com o presidente da Bolívia, Evo Morales, antes do encontro confirmado para o dia 12 de dezembro, em La Paz.
O assunto será a escassez de gás no Brasil, o cumprimento do contrato atual de fornecimento de 30 milhões de metros cúbicos diários de gás boliviano para o mercado brasileiro e ainda o possível aumento dos investimentos programados até agora e do abastecimento do produto para o país.
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