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25/11/2007 - 21h21

Em cadeia nacional, Chávez chama Uribe de cínico e mentiroso

da BBC Brasil

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou em cadeia nacional neste domingo que as relações com a Colômbia estão em um congelador e rotulou o presidente colombiano de mentiroso e cínico.

Em um duro discurso contra o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, Chávez admitiu ter se sentido desrespeitado pela decisão do governo colombiano de suspender a participação do presidente venezuelano como mediador por meio de uma nota na semana passada.

"Perdi toda a confiança em qualquer um do governo da Colômbia. Não acredito em ninguém, absolutamente ninguém. O que o presidente colombiano fez foi dar uma cusparada brutal no nosso rosto. Indigna", afirmou.

Há meses, Chávez vinha atuando como mediador nas negociações pela libertação de reféns do grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (as Farc) e, segundo o presidente venezuelano, elas estavam bem encaminhadas.

"Já tínhamos encontrado uma forma para chegar ao acordo humanitário. Estou muito seguro de que conseguiria lográ-lo, e meio mundo nos apoiava, organizações internacionais, governos da América Latina, da França, a União Européia, China", disse Chávez.

Troca de acusações

Ao afastar Chávez, Uribe afirmou que o líder venezuelano passou do limite ao comentar com um general colombiano sobre os reféns.

Chávez, por sua vez, atribuiu o seu afastamento à pressão americana e da elite colombiana sobre o presidente Uribe.

Com a decisão de congelar relações com os vizinhos colombianos, Chávez deve criar graves problemas para os dois países, que são importantes parceiros comerciais.

A decisão de encerrar o processo de mediação foi tomada apenas dois dias depois de o governo colombiano ter anunciado que daria prazo até 31 de dezembro para que os esforços de Chávez tivessem resultados.

Desde agosto, Chávez vinha atuando como mediador entre o governo da Colômbia e as Farc para libertar 45 reféns em troca da liberdade de cerca de 500 guerrilheiros que estão presos.

Entre os reféns das Farc está a senadora franco-colombiana Ingrid Betancourt. Na terça-feira, em visita à França, Chávez disse que as Farc haviam prometido enviar até o final do ano uma prova de que a refém estava viva.

 

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