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Musharraf pede "firmeza" contra protestos no Paquistão
da BBC Brasil
O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, determinou neste sábado que as forças de segurança do país reprimam com vigor os protestos de simpatizantes da ex-premiê Benazir Bhutto, morta em um atentado na quinta-feira.
Mais de 40 pessoas já morreram nos violentos protestos no país, nos quais os manifestantes têm queimado e saqueado propriedades e estabelecimentos comerciais.
Musharraf disse que é preciso lidar com firmeza com os saqueadores e que "todas as medidas" devem ser tomadas para "garantir a segurança" dos paquistaneses.
Segundo o porta-voz do Ministério do Interior, Javed Iqbal Cheema, disse que em todo o país foram destruídos 176 bancos, 72 vagões de trem e 18 estações ferroviárias, e cem prisioneiros conseguiram escapar das prisões.
Na cidade de Larkana, de onde vivia Bhutto, houve pilhagens durante a noite e os restos de carros queimados tomavam as ruas desertas neste sábado.
Reunião
A Comissão eleitoral paquistanesa convocou para a segunda-feira uma reunião para discutir o impacto da morte de Bhutto sobre as eleições parlamentares, marcadas para 8 de janeiro.
Segundo a comissão, a violência está prejudicando os preparativos para o pleito, o que pode forçar um adiamento do processo.
Na Província de Sindh, onde fica Larkana, nove escritórios eleitorais teriam sido incendiados. Além disso, a comissão também constatou que urnas e listas de eleitores foram destruídas.
O ministro interino da Informação, Nisar Memon, disse à BBC que o país "continua no caminho da transição democrática", mas que a decisão de adiar ou não as eleições seria tomada após consultas com os partidos políticos.
A ex-primeira-ministra e líder oposicionista foi sepultada na sexta-feira no mausoléu de sua família. O líder oposicionista rival de Bhutto, Nawaz Sharif, visitou o local neste sábado.
Sharif havia dito anteriormente que seu partido boicotará as eleições, alegando que o assassinato de Benazir Bhutto torna impossível a continuação da campanha eleitoral e que eleições justas e livres não podem ocorrer enquanto Musharraf estiver no poder.
Também neste sábado, os partidários da ex-primeira-ministra do rejeitaram a explicação do governo sobre sua morte e pediram uma investigação independente.
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