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07/01/2005
-
13h04
da BBC Brasil, em Genebra
Não fossem as quatro telas inteligentes de plasma gigantes nas paredes e a série de computadores e telefones, haveria muito pouco para indicar que este é o centro de crises da Organização Mundial da Saúde em Genebra.
Consultores técnicos e especialistas em logística trabalham calmamente dia e noite reunindo informações sobre os locais onde doenças ameaçam concretizar sua tarefa mortal (na área atingida pelo tsunami na Ásia).
É daqui que foram enviados médicos e técnicos de apoio num período de poucas horas. Porém, o problema está sendo passar pela linha-de-frente.
Eles a chamam de sala Shoc --o centro estratégico de operações de saúde. Sua presença despretenciosa esconde o fato de que, nos bastidores, o Pentágono, ministros de Saúde de todo o mundo e trabalhadores de campo estão em constante contato com especialistas de saúde aqui, avaliando a situação nas áreas atingidas pelo maremoto.
David Nabarro, que comanda a equipe de crise, diz que centros com este fazem parte dos procedimentos-padrão para reagir a grandes emergências de saúde pública.
Uma estratégia parecida foi utilizada para o combate às epidemia de Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e da gripe do frango.
Confiando em rumores
Nabarro disse que este tipo de centro revolucionou a habilidade da OMS de montar uma resposta rápida --e assim salvar mais vidas mais rapidamente.
Ele elogia a atitude da OMS, assim como algumas grandes agências de ajuda humanitária, de ter mais colaboradores --e não ser simplesmente um gigante administrativo trabalhando com governos para apoiar sistemas de saúde em decadência.
Assim, em poucos dias de devastação causada pelo tsunami que atingiu o sul da Ásia, a OMS distribuiu kits de emergência para dois milhões de pessoas na região.
Eles contêm remédios essenciais e líquidos para reidratação --suprimentos suficientes para três meses e equipamento cirúrgico para realizar mais de 10 mil operações.
Os dados que chegam à sala de controle sobre a propagação de infecções dão apenas uma idéia limitada do que está ocorrendo nos locais afetados.
Porém, eles revelam que os especialistas estão vigilantes.
E em algumas áreas de Aceh, a infra-estrutura de saúde desapareceu, portanto não existe mecanismo formal para transmitir informações para o centro.
A OMS é forçada a confiar nos rumores dos sobreviventes e nos relatos dos soldados para ter uma idéia do que está ocorrendo nos locais afetados e a prioridade agora é estabelecer rapidamente um sistema de alerta de epidemias de doenças na região.
Existem notícias tranqüilizadoras de que a tão temida epidemia de cólera não atingiu até o momento os 5 milhões de desabrigados, mas não existe espaço para complacência.
Com estoques de vacinas contra cólera suficientes para apenas 200 mil pessoas, a prioridade é levar água potável para evitar a explosão da doença. Cada dia sem água potável é um dia em que a epidemia pode se espalhar.
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OMS tenta evitar epidemias causadas por tsunami
KAREN ALLENda BBC Brasil, em Genebra
Não fossem as quatro telas inteligentes de plasma gigantes nas paredes e a série de computadores e telefones, haveria muito pouco para indicar que este é o centro de crises da Organização Mundial da Saúde em Genebra.
Consultores técnicos e especialistas em logística trabalham calmamente dia e noite reunindo informações sobre os locais onde doenças ameaçam concretizar sua tarefa mortal (na área atingida pelo tsunami na Ásia).
É daqui que foram enviados médicos e técnicos de apoio num período de poucas horas. Porém, o problema está sendo passar pela linha-de-frente.
Eles a chamam de sala Shoc --o centro estratégico de operações de saúde. Sua presença despretenciosa esconde o fato de que, nos bastidores, o Pentágono, ministros de Saúde de todo o mundo e trabalhadores de campo estão em constante contato com especialistas de saúde aqui, avaliando a situação nas áreas atingidas pelo maremoto.
David Nabarro, que comanda a equipe de crise, diz que centros com este fazem parte dos procedimentos-padrão para reagir a grandes emergências de saúde pública.
Uma estratégia parecida foi utilizada para o combate às epidemia de Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e da gripe do frango.
Confiando em rumores
Nabarro disse que este tipo de centro revolucionou a habilidade da OMS de montar uma resposta rápida --e assim salvar mais vidas mais rapidamente.
Ele elogia a atitude da OMS, assim como algumas grandes agências de ajuda humanitária, de ter mais colaboradores --e não ser simplesmente um gigante administrativo trabalhando com governos para apoiar sistemas de saúde em decadência.
Assim, em poucos dias de devastação causada pelo tsunami que atingiu o sul da Ásia, a OMS distribuiu kits de emergência para dois milhões de pessoas na região.
Eles contêm remédios essenciais e líquidos para reidratação --suprimentos suficientes para três meses e equipamento cirúrgico para realizar mais de 10 mil operações.
Os dados que chegam à sala de controle sobre a propagação de infecções dão apenas uma idéia limitada do que está ocorrendo nos locais afetados.
Porém, eles revelam que os especialistas estão vigilantes.
E em algumas áreas de Aceh, a infra-estrutura de saúde desapareceu, portanto não existe mecanismo formal para transmitir informações para o centro.
A OMS é forçada a confiar nos rumores dos sobreviventes e nos relatos dos soldados para ter uma idéia do que está ocorrendo nos locais afetados e a prioridade agora é estabelecer rapidamente um sistema de alerta de epidemias de doenças na região.
Existem notícias tranqüilizadoras de que a tão temida epidemia de cólera não atingiu até o momento os 5 milhões de desabrigados, mas não existe espaço para complacência.
Com estoques de vacinas contra cólera suficientes para apenas 200 mil pessoas, a prioridade é levar água potável para evitar a explosão da doença. Cada dia sem água potável é um dia em que a epidemia pode se espalhar.
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