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27/03/2008 - 14h01

Viúva de ex-espião russo assassinado pede inquérito britânico

da BBC

A viúva do ex-agente de segurança russo (da antiga KGB) Alexander Litvinenko, morto em Londres em 2006, publicou uma carta aberta em um jornal britânico pedindo que o Reino Unido faça um inquérito completo sobre a morte do ex-agente.

A carta de Marina Litvinenko foi publicada na edição desta quinta-feira do jornal "The Times". O governo britânico pediu a extradição do empresário russo Andrei Lugovoi, após levantar provas e indícios que apontavam para ele como principal suspeito pelo assassinato de Litvinenko.

A Rússia se recusou a extraditar o empresário, que foi eleito para o Parlamento russo e tem imunidade. Ele nega as acusações.

Na carta, a viúva pede "uma nova análise das provas em um julgamento aberto e independente no Reino Unido". Marina Litvinenko afirmou que instruiu seus advogados para fazerem um requerimento ao médico legista, responsável pela investigação da causa da morte do ex-agente, para iniciar o inquérito detalhado.

"Faço isso contra a vontade da Scotland Yard e contra o ministro do Exterior (britânico) David Miliband, que me disseram que tornar as provas públicas prejudicaria o julgamento criminal do principal suspeito, Andrei Lugovoi", escreveu Marina.

Na carta aberta, a viúva do ex-agente afirma que "depois de esperar 15 meses, cheguei à conclusão de que Lugovoi, um ex-agente da KGB, nunca será extraditado".

Marina Litvinenko afirma também que não guarda nenhum rancor da polícia ou do governo do Reino Unido, a quem agradece por ter identificado o suspeito encaminhado o pedido de extradição. Segundo ela, enquanto o país seguia os procedimentos legais devidos, o Kremlin investia numa campanha de propaganda para desviar a sua suposta culpa.

Críticas

Alexander Litvinenko, um crítico do governo russo, teria morrido depois de ingerir sem saber uma dose fatal de uma substância radioativa.

Antes de morrer, já no hospital, Litvinenko afirmou que Putin teria ordenado sua morte. A Rússia nega a acusação.

O assassinato de Alexander Litvinenko contribuiu para o aumento da tensão nas relações entre a Rússia e o Reino Unido.

Em entrevista ao jornal britânico "Financial Times", o recém-eleito presidente da Rússia Dmitry Medvedev, que assume o cargo no dia 7 de maio, afirmou que o governo russo está "aberto para restabelecer a cooperação completa" com o Reino Unido.

Marina Litvinenko, por sua vez, afirmou que Medvedev "tem o poder de se livrar das pessoas que mataram meu marido, mas não tenho certeza de que ele tem a vontade".

 

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