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12/01/2005
-
16h38
Um novo sistema de alertas em caso de tsunami pode estar pronto no Oceano Índico até a metade do próximo ano, disse Koichiro Matsuura, o diretor-geral da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
Sua declaração foi feita nas Ilhas Maurício, onde participa de uma conferência internacional sobre os desafios enfrentados pelos Estados que são ilhas de pequeno porte.
Ele espera que um sistema global de alertas para maremotos esteja em atividade até 2007.
Desde os primeiros momentos após o tsunami, em 26 de dezembro, os países afetados da Ásia e da África disseram que, se houvesse um sistema de alertas como o existente no Pacífico, milhares de vidas teriam sido salvas.
Os países doadores já manifestaram a intenção de patrocinar o desenvolvimento do sistema.
Dispositivos
As maiores despesas devem ficar por conta da instalação de vários dispositivos de medição em águas profundas no solo do oceano.
Esses equipamentos repassam informações sobre o movimento das ondas para bóias na superfície da água e então para um satélite.
A informação recolhida pelo sistema deve ser compilada e monitorada por um novo centro de controle de tsunami no Oceano Índico.
A Comissão Oceanográfica Internacional, que deve coordenar os trabalhos, estima inicialmente em US$ 30 milhões o custo do projeto --quantia bem inferior aos prejuízos causados pelo maremoto.
Muro no mar
Especialistas presentes na conferência nas Ilhas Maurício defenderam a construção de muralhas marítimas para minimizar os efeitos de ondas gigantes no futuro.
Mohamed Latheef, representante da ONU nas Ilhas Madivas, disse à agência de notícias France Presse que a existência de uma muralha no mar protegeu a capital do arquipélago, Male.
"Não pudemos evitar o alagamento de Male. Mas, sem a muralha, metade de Male teria sido completamente destruída. Male não sofreu nenhuma grande destruição de propriedades."
Mohamed Inaz, do Ministério do Meio Ambiente das Maldivas, contou que a muralha está a cerca de 50 metros da costa de Male e fica três metros acima do nível do mar.
A barreira é formada por blocos de concreto em forma piramidal e barra ondas de até 2 metros de altura --as ondas do tsunami do mês passado superaram os 3,5 metros.
O alto custo da muralha, de cerca de US$ 4 mil por metro, inviabiliza sugestões de construção de um "anel de proteção" ao redor das ilhas do Oceano Índico.
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Oceano Índico deve ter sistema de alertas contra tsunami em 2006
da BBC BrasilUm novo sistema de alertas em caso de tsunami pode estar pronto no Oceano Índico até a metade do próximo ano, disse Koichiro Matsuura, o diretor-geral da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
Sua declaração foi feita nas Ilhas Maurício, onde participa de uma conferência internacional sobre os desafios enfrentados pelos Estados que são ilhas de pequeno porte.
Ele espera que um sistema global de alertas para maremotos esteja em atividade até 2007.
Desde os primeiros momentos após o tsunami, em 26 de dezembro, os países afetados da Ásia e da África disseram que, se houvesse um sistema de alertas como o existente no Pacífico, milhares de vidas teriam sido salvas.
Os países doadores já manifestaram a intenção de patrocinar o desenvolvimento do sistema.
Dispositivos
As maiores despesas devem ficar por conta da instalação de vários dispositivos de medição em águas profundas no solo do oceano.
Esses equipamentos repassam informações sobre o movimento das ondas para bóias na superfície da água e então para um satélite.
A informação recolhida pelo sistema deve ser compilada e monitorada por um novo centro de controle de tsunami no Oceano Índico.
A Comissão Oceanográfica Internacional, que deve coordenar os trabalhos, estima inicialmente em US$ 30 milhões o custo do projeto --quantia bem inferior aos prejuízos causados pelo maremoto.
Muro no mar
Especialistas presentes na conferência nas Ilhas Maurício defenderam a construção de muralhas marítimas para minimizar os efeitos de ondas gigantes no futuro.
Mohamed Latheef, representante da ONU nas Ilhas Madivas, disse à agência de notícias France Presse que a existência de uma muralha no mar protegeu a capital do arquipélago, Male.
"Não pudemos evitar o alagamento de Male. Mas, sem a muralha, metade de Male teria sido completamente destruída. Male não sofreu nenhuma grande destruição de propriedades."
Mohamed Inaz, do Ministério do Meio Ambiente das Maldivas, contou que a muralha está a cerca de 50 metros da costa de Male e fica três metros acima do nível do mar.
A barreira é formada por blocos de concreto em forma piramidal e barra ondas de até 2 metros de altura --as ondas do tsunami do mês passado superaram os 3,5 metros.
O alto custo da muralha, de cerca de US$ 4 mil por metro, inviabiliza sugestões de construção de um "anel de proteção" ao redor das ilhas do Oceano Índico.
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