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Capital do Tibete volta aos poucos ao normal, diz diplomata brasileiro
MARINA WENTZEL
da BBC Brasil, em Hong Kong
O diplomata brasileiro Oswaldo Biato Júnior, que está no Tibete, disse à BBC Brasil nesta sexta-feira que as ruas da capital, Lhasa, foram limpas e a presença policial é discreta na cidade.
"Dá para se ver que aos poucos a vida volta ao normal", disse Biato Júnior. "Os centros comerciais, os mercadinhos e os lugares turísticos, como o palácio de Potala, estão funcionando normalmente."
De acordo com Biato, chineses de etnia tibetana e han circulam pela cidade sem confronto, e as ruas estão "visivelmente limpas". Muitos prédios foram destruídos, mas já não há mais detritos pelas calçadas.
O emissário brasileiro acompanha o primeiro grupo de diplomatas a visitar o Tibete desde que os protestos violentos de 14 de março eclodiram em Lhasa.
A delegação conta com representantes de 17 países, que incluem Reino Unido, França, Austrália, Japão, Estados Unidos e Rússia.
Recepção
O grupo de diplomatas viaja a convite do governo da China e foi recebido nesta sexta-feira pelo governador do Tibete, Qiangba Puncog.
Durante o encontro, Qiangba voltou a afirmar que a polícia não usou de força letal contra os manifestantes tibetanos e prometeu poupar de punições severas os monges que protestaram pacificamente.
Os diplomatas pediram às autoridades chinesas permissão para fazer uma visita aos templos budistas onde tiveram início os protestos por maior independência, um passeio que não estava originalmente no programa.
O governador aceitou a reivindicação dos diplomatas e, neste sábado, os emissários internacionais deverão se reunir com os monges.
Números
Qiangba também citou números oficiais durante o encontro. Até o momento, as autoridades chinesas contabilizam as mortes de 18 civis inocentes, um policial e três manifestantes. O número de feridos passa de 500, sendo 50 em estado grave.
Nesta sexta-feira, além do encontro com o governador, os diplomatas também visitaram áreas que foram atingidas durante os confrontos.
Entre os diversos prédios destruídos havia uma loja de tecidos e um colégio, ambos completamente incendiados.
Segundo as autoridades chinesas, cinco mulheres morreram queimadas vivas na loja, por causa da agressão dos tibetanos.
Neste sábado, os diplomatas deverão retornar a Pequim, via Chengdu, após visitar um hospital onde estão sendo tratadas as vitimas dos confrontos e se reunir com os monges.
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