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13/01/2005 - 10h19

Centro judaico exige retratação e visita do príncipe Harry a Auschwitz

da BBC Brasil

Parlamentares britânicos e ativistas da comunidade judaica estão pedindo que o príncipe Harry, terceiro na linha de sucessão britânica, peça desculpas por ter usado um uniforme nazista com uma suástica na festa a fantasia de um amigo.

O Centro Simon Wiesenthal, organização judaica internacional que combate o neonazismo e anti-semitismo, disse que Harry deve se retratar publicamente e visitar o campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia.

"Nós fortemente exortamos o príncipe Harry a acompanhar a delegação britânica a Auschwitz para ver os resultados do odiado símbolo que ele escolheu vestir de forma tão ousada e imprudente", disse o rabino Marvin Hier, um dos fundadores do Centro Wiesenthal.

A foto do príncipe com a tarja nazista na capa do jornal The Sun gerou polêmica no país mesmo antes de chegar às bancas.

"Harry, o nazista", diz a edição desta quinta-feira do jornal, que vende cerca de 3 milhões exemplares no país.

Harry pediu desculpas por meio de um comunicado, em que "reconhece que foi uma escolha infeliz de fantasia".

Oposição

O líder do Partido Conservador (oposição), Michael Howard, que é judeu, afirmou que o príncipe Harry "deve nos dizer ele mesmo o quão arrependido está".

Muitas pessoas ficarão "decepcionadas e ofendidas" com a foto de Harry fantasiado de nazista, disse Howard à Rádio 4 da BBC.

A fotografia foi tirada no último fim de semana numa festa de aniversário de um amigo de Harry, cujo tema era "colonial e nativo".

Na imagem, o príncipe de 20 anos parece estar vestindo um uniforme usado pelo Exército alemão no deserto e uma tarja nazista.

O ex-assessor de imprensa da rainha Elizabeth 2ª Dickie Arbiter diz que o próprio Harry deveria vir a público pessoalmente no rádio e na TV e fazer o pedido de desculpas.

Já o órgão diretor da congregação judaica da Grã-Bretanha disse estar satisfeito com a retratação pelo uso da fantasia "de mau gosto".

"Foi claramento de mau gosto, especialmente com a cerimônia (para lembrar) do dia do holocausto no dia 27 deste mês, no qual a Família Real terá um papel proeminente."

Carreira militar

O ex-ministro das Forças Armadas Doug Henderson, por sua vez, disse que a imagem mostrava que o príncipe não estava "apto" para entrar na prestigiada academia militar real Sandhurst, que ele deverá frequentar no fim deste ano.

"Se fosse qualquer outra pessoa, a inscrição não seria considerada. Seria recusada imediatamente", disse Henderson.

O príncipe já havia sido pivô de uma polêmica no ano passado, depois de uma briga com um fotógrafo numa casa noturna.

Segundo o jornal The Sun, o príncipe William também estava na festa a fantasia, fantasiado de leão.

No caso da morte da rainha Elizabeth 2ª, o primeiro na linha de sucessão é o príncipe Charles, seguido pelo seu filho primogênito William.

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