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27/01/2005
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10h38
Pessoas que sobreviveram ao maremoto que atingiu a Ásia enfrentam um risco a mais de um mês depois da catástrofe: uma infecção por fungo potencialmente fatal.
A revista "Lancet" noticia o caso de um australiano ferido que teve de ser tratado de mucormicose.
Acredita-se que os ferimentos que ele teve quando as ondas gigantescas atingiram a praia ficaram contaminados, e os médicos dizem que casos semelhantes vão levar a um aumento nos óbitos em áreas afetadas.
Um fungo encontrado no solo e em vegetação em deterioração causa uma infecção que pode levar à morte em 80% dos casos.
A severidade dos casos depende do local da infecção e do sistema imunológico do paciente.
Caso
Um homem de 56 anos de idade foi transferido do Sri Lanka para a unidade para doenças infecciosas do Hospital São Jorge, em Sydney, para tratamento depois de ficar ferido.
Sua cabana na praia desabou, e ele foi arrastado pelos destroços até um campo alagado a um quilômetro de distância. O homem ingeriu várias vezes algas marinhas.
Ainda no Sri Lanka, seus ferimentos foram irrigados com água engarrafada antes de vedado com bandagem, e o paciente recebeu atendimento complementar de primeiros socorros em um hospital regional antes de ser transferido para outra unidade na capital do país, Colombo.
Ele foi transferido para Sydney no dia 31 de dezembro, onde seu estado parecia estável, embora apresentasse febre.
O paciente tinha ferimentos na coxa direita e no lado esquerdo do quadril, assim como muitos cortes superficiais e escoriações em todo o corpo.
Diagnóstico difícil
Em seu quinto dia de internação, os ferimentos do lado esquerdo do peito e do ombro direito do paciente estavam infectados com mucormicose de fungos.
Os médicos retiraram o tecido infectado e recomendaram ao paciente um tratamento para estimular o crescimento de novos vasos sangüíneos. Três semanas depois, o paciente ainda se recupera no hospital.
Os especialistas que trataram do paciente disseram que ele provavelmente pegou a infecção da contaminação de seus ferimentos devido ao tsunami ou durante o tratamento de primeiros socorros.
Eles advertiram que outras pessoas feridas no tsunami também podem ter infecções do tipo que não são detectadas a menos que amostras de seus tecidos sejam analisadas.
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Infecção por fungo pode causar mais mortes pós-tsunami
da BBC BrasilPessoas que sobreviveram ao maremoto que atingiu a Ásia enfrentam um risco a mais de um mês depois da catástrofe: uma infecção por fungo potencialmente fatal.
A revista "Lancet" noticia o caso de um australiano ferido que teve de ser tratado de mucormicose.
Acredita-se que os ferimentos que ele teve quando as ondas gigantescas atingiram a praia ficaram contaminados, e os médicos dizem que casos semelhantes vão levar a um aumento nos óbitos em áreas afetadas.
Um fungo encontrado no solo e em vegetação em deterioração causa uma infecção que pode levar à morte em 80% dos casos.
A severidade dos casos depende do local da infecção e do sistema imunológico do paciente.
Caso
Um homem de 56 anos de idade foi transferido do Sri Lanka para a unidade para doenças infecciosas do Hospital São Jorge, em Sydney, para tratamento depois de ficar ferido.
Sua cabana na praia desabou, e ele foi arrastado pelos destroços até um campo alagado a um quilômetro de distância. O homem ingeriu várias vezes algas marinhas.
Ainda no Sri Lanka, seus ferimentos foram irrigados com água engarrafada antes de vedado com bandagem, e o paciente recebeu atendimento complementar de primeiros socorros em um hospital regional antes de ser transferido para outra unidade na capital do país, Colombo.
Ele foi transferido para Sydney no dia 31 de dezembro, onde seu estado parecia estável, embora apresentasse febre.
O paciente tinha ferimentos na coxa direita e no lado esquerdo do quadril, assim como muitos cortes superficiais e escoriações em todo o corpo.
Diagnóstico difícil
Em seu quinto dia de internação, os ferimentos do lado esquerdo do peito e do ombro direito do paciente estavam infectados com mucormicose de fungos.
Os médicos retiraram o tecido infectado e recomendaram ao paciente um tratamento para estimular o crescimento de novos vasos sangüíneos. Três semanas depois, o paciente ainda se recupera no hospital.
Os especialistas que trataram do paciente disseram que ele provavelmente pegou a infecção da contaminação de seus ferimentos devido ao tsunami ou durante o tratamento de primeiros socorros.
Eles advertiram que outras pessoas feridas no tsunami também podem ter infecções do tipo que não são detectadas a menos que amostras de seus tecidos sejam analisadas.
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