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19/04/2008 - 20h54

Ex-secretário da ONU cobra ação de líderes africanos no Zimbábue

da Folha Online

O ex-secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan pediu aos governos africanos que façam mais para resolver a crise política do Zimbábue.

Mais de 20 dias após o povo do Zimbábue ter ido às urnas para escolher o novo presidente do país, o resultado da eleição ainda não foi divulgado.

Annan disse que a situação no Zimbábue é perigosa e perguntou o que os líderes africanos estão fazendo para resolver o problema.

"É uma situação bastante perigosa", disse o ex-secretário. "É uma crise séria com impacto fora do Zimbábue."

Os comentários de Annan foram feitos no Quênia, onde o ex-secretário ajudou a resolver uma crise eleitoral.

"Acabamos de passar por uma crise aqui (no Quênia), e nós conseguimos resolver, e eu preciso dizer que o crédito vai para o povo do Quênia, para a União Africana - foi uma solução africana para um problema africano."

A crise começou após as eleições presidenciais do dia 29 de março.

A oposição ao governo, liderada pelo MDC, do líder Morgan Tsvangirai, diz ter vencido as eleições presidenciais, com 50,3% dos votos. Esse percentual daria a vitória a Tsvangirai ainda no primeiro turno. Ele deixou o país, dizendo temer por sua vida.

Já o partido governista Zanu-PF, do presidente Robert Mugabe, pede uma recontagem dos votos. Mugabe está no poder desde 1980, ano da independência do Zimbábue.

Nas eleições parlamentares, a oposição obteve a maioria, derrotando o partido de Mugabe pela primeira vez.

Neste sábado, a comissão eleitoral do Zimbábue começou a recontagem de votos em 23 dos 210 distritos eleitorais. A recontagem pode reverter a maioria obtida pela oposição no Parlamento.

A oposição avisou que aceitaria disputar um segundo turno, se fossem garantidas as condições para uma eleição democrática. No entanto, o secretário-geral do MDC, Tendai Biti, disse que o partido não aceita nenhuma recontagem que modifique a composição do Parlamento.

Navio chinês

Na África do Sul, um navio chinês carregado com armas destinadas para o Zimbábue teve de deixar o porto de Durban.

Um tribunal sul-africano negou permissão para que as armas fossem descarregadas e levadas até o Zimbábue.

O navio An Yue Juang estaria carregando três milhões de cartuchos de munição, 1,5 mil granadas e 2,5 mil morteiros.

 

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