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Mianmar quer ajuda, mas não estrangeiros, diz governo
da BBC
A Junta Militar que governa Mianmar anunciou que o país está pronto a aceitar ajuda internacional, mas não a presença de voluntários e equipes de resgate estrangeiras, em meio a crescentes críticas sobre o modo como está lidando com a crise.
Em um comunicado publicado pela imprensa, o Ministério do Exterior afirmou que o governo está aberto a doações e ajuda de emergência, mas vai controlar a distribuição desta ajuda.
O comunicado foi feito depois que a ONU (Organização das Nações Unidas) aumentou a pressão sobre a junta para acelerar a emissão de vistos para especialistas estrangeiros em ajuda pós-desastres. Há informações de que dezenas de enviados da ONU aguardam vistos na vizinha Tailândia, mas a Embaixada de Mianmar está fechada até terça-feira, por causa de um feriado.
Parte dos alimentos e ajuda enviados já chegou ao país, mas os especialistas afirmam que é necessário muito mais. A ONU afirma que até 1,5 milhão de pessoas podem ter sido afetadas pelo ciclone Nargis, que devastou a região do delta de Irrawaddy no último sábado.
Centenas de milhares de pessoas estão sem água, alimentos ou abrigo. Autoridades disseram que muitas dessas pessoas podem morrer porque a ajuda não está chegando até elas.
O governo afirma que pouco mais de 22 mil pessoas morreram em decorrência da passagem do ciclone, mas teme-se que o número de vítimas seja muito mais alto.
Prioridade
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu à junta militar que concentre seus esforços na ajuda aos birmaneses necessitados e não na preparação do referendo, marcado para o sábado, sobre a criticada nova Constituição do país.
Em um comunicado, Ban Ki-moon disse que "seria prudente centralizar todos os recursos disponíveis e capacidade nos esforços de emergência".
A Junta Militar rejeitou um vôo que trazia a bordo equipes de ajuda e mídia, alegando que o país está dando prioridade ao recebimento e distribuição de provisões, mas "não está pronto para receber equipes de busca ou jornalistas de países estrangeiros", segundo comunicado publicado no jornal "The New Light of Myanmar".
Segundo um correspondente da BBC na região atingida pelo ciclone, a distribuição de ajuda pelos militares de Mianmar aumentou, mas especialistas internacionais afirmam que o regime não tem os recursos necessários para coordenar a distribuição efetiva desta ajuda, por causa do tamanho do desastre.
Até agora, Mianmar aceitou ajuda limitada, de países com quem mantém boas relações, além de quatro vôos contendo suprimentos enviados pela ONU, e um comitê da Cruz Vermelha Internacional.
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