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03/03/2005
-
14h37
A Rússia, um dos principais aliados da Síria, afirmou que é a favor da retirada das tropas de Damasco do Líbano.
Numa entrevista à BBC, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou que os planos de saída dos cerca de 15 mil soldados sírios devem ser cautelosos e levar em consideração "o frágil equilíbrio" de poder no Líbano.
A oposição libanesa tem se manifestado nas ruas de Beirute pela retirada Síria.
O presidente da Síria, Bashar Assad, disse recentemente à revista americana Time que vai retirar as tropas que o seu país mantém no Líbano "nos próximos meses".
Assad é alvo de pressões internacionais para retirar os soldados e deixar de apoiar grupos militantes como o Hizbollah, no Líbano, e os palestinos Hamas e Jihad Islâmico, que possuem escritórios em Damasco.
Uma resolução foi aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU no ano passado exigindo a retirada síria do território libanês.
Eleições
O movimento popular no Líbano contra o controle exercido pelo país vizinho ganhou força após o assassinato do ex-primeiro-ministro Rafik Hariri, que vinha criticando a Síria.
Lavrov disse esperar que novas eleições sejam realizadas brevemente no Líbano --o governo pró-sírio do premiê Omar Karami renunciou esta semana, mas continua no poder até que seja alcançado um acordo no Parlamento sobre o novo gabinete.
Segundo o chanceler da Rússia, um novo governo seria uma fator de estabilização no Líbano, facilitando o processo de retirada das tropas sírias.
Líderes da oposição exigiram em uma declaração na quarta-feira a retirada das foças sírias e a renúncia dos chefes dos serviços de inteligência libaneses como condição para participarem das negociações de formação de um novo governo.
Alguns dos oposicionistas, no entanto, preferiram utilizar a palavra "recuo" dos sírios - e não retirada - quando falaram com a imprensa na saída da reunião na qual a declaração foi redigida.
O anfitrião do encontro, Walid Joumblatt, admitiu que não há consenso sobre o modo como esta retirada deve acontecer.
"Alguns de nós defendem o uso do tratado de Taef (assinado entre os dois países em 1989, prevendo inicialmente um deslocamento das forças sírias dentro do Líbano) e outros querem o cumprimento da Resolução 1559 (do Conselho de Segurança da ONU, determinando a retirada imediata das tropas sírias do território libanês)", disse Joumblatt.
"Nosso tom está bem mais moderado do que o que se ouve dos manifestantes nas ruas do centro de Beirute. É melhor que o governo nos ouça para não ter de enfrentar um levante popular."
Joumblatt não conseguiu, no entanto, concretizar sua intenção de também catalizar a oposição em torno da exigência da renúncia do presidente Emile Lahoud.
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Governo libanês pede por unidade nacional e crise política aumenta
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a retirada das tropas sírias do Líbano
Rússia apóia retirada de tropas sírias do Líbano
da BBC BrasilA Rússia, um dos principais aliados da Síria, afirmou que é a favor da retirada das tropas de Damasco do Líbano.
Numa entrevista à BBC, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou que os planos de saída dos cerca de 15 mil soldados sírios devem ser cautelosos e levar em consideração "o frágil equilíbrio" de poder no Líbano.
A oposição libanesa tem se manifestado nas ruas de Beirute pela retirada Síria.
O presidente da Síria, Bashar Assad, disse recentemente à revista americana Time que vai retirar as tropas que o seu país mantém no Líbano "nos próximos meses".
Assad é alvo de pressões internacionais para retirar os soldados e deixar de apoiar grupos militantes como o Hizbollah, no Líbano, e os palestinos Hamas e Jihad Islâmico, que possuem escritórios em Damasco.
Uma resolução foi aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU no ano passado exigindo a retirada síria do território libanês.
Eleições
O movimento popular no Líbano contra o controle exercido pelo país vizinho ganhou força após o assassinato do ex-primeiro-ministro Rafik Hariri, que vinha criticando a Síria.
Lavrov disse esperar que novas eleições sejam realizadas brevemente no Líbano --o governo pró-sírio do premiê Omar Karami renunciou esta semana, mas continua no poder até que seja alcançado um acordo no Parlamento sobre o novo gabinete.
Segundo o chanceler da Rússia, um novo governo seria uma fator de estabilização no Líbano, facilitando o processo de retirada das tropas sírias.
Líderes da oposição exigiram em uma declaração na quarta-feira a retirada das foças sírias e a renúncia dos chefes dos serviços de inteligência libaneses como condição para participarem das negociações de formação de um novo governo.
Alguns dos oposicionistas, no entanto, preferiram utilizar a palavra "recuo" dos sírios - e não retirada - quando falaram com a imprensa na saída da reunião na qual a declaração foi redigida.
O anfitrião do encontro, Walid Joumblatt, admitiu que não há consenso sobre o modo como esta retirada deve acontecer.
"Alguns de nós defendem o uso do tratado de Taef (assinado entre os dois países em 1989, prevendo inicialmente um deslocamento das forças sírias dentro do Líbano) e outros querem o cumprimento da Resolução 1559 (do Conselho de Segurança da ONU, determinando a retirada imediata das tropas sírias do território libanês)", disse Joumblatt.
"Nosso tom está bem mais moderado do que o que se ouve dos manifestantes nas ruas do centro de Beirute. É melhor que o governo nos ouça para não ter de enfrentar um levante popular."
Joumblatt não conseguiu, no entanto, concretizar sua intenção de também catalizar a oposição em torno da exigência da renúncia do presidente Emile Lahoud.
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