Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
03/03/2005 - 14h54

Sob forte crise política, Líbano pede por unidade nacional

Publicidade

da Folha Online

A crise política no Líbano se aprofundou nesta quinta-feira depois que políticos pró-Síria [no poder] pediram pela formação de um governo de unidade nacional, ignorando os pedidos da oposição.

Eles também acusaram os oposicionistas --que comandaram os protestos na capital Beirute nos últimos dias-- de contribuir para a crise econômica que atinge o país.

As manifestações populares levaram o então primeiro-ministro libanês, Omar Karami, a pedir sua renúncia nesta segunda-feira.

Durante os protestos, oposição exigiu a retirada dos 14 mil soldados e membros da inteligência síria que estão no país, além de pedir pela renúncia dos chefes de segurança libaneses.

Líderes oposicionistas também disseram que o presidente libanês, Emile Lahoud, terá que aceitar as exigências, para que haja avanço nas conversações sobre a formação de um governo de unidade nacional.

Árabes

Nesta quinta-feira, o presidente sírio, Bashar al Assad, viajou para a Arábia Saudita, na tentativa de conseguir apoio para a crise com o Líbano, o que poderia também aliviar a pressão internacional, já que o reino é aliado dos Estados Unidos.

Apesar dos esforços de Assad, e de suas declarações afirmando que a retirada irá acontecer, os próprios líderes árabes têm demandado que o presidente assuma uma posição mais clara. O chefe da Liga Árabe, Amr Moussa, pediu nesta quinta-feira que a Síria siga o acordo de Al Taif, realizado em 1989 entre autoridades libanesas e sírias, para a retirada dos soldados. O tratado nunca foi cumprido.

Os soldados sírios estão presentes no território libanês desde 1976, ano seguinte ao início da guerra civil no Líbano, que terminou em 1991.

Pressão

Sem uma definição clara da posição síria a respeito dos soldados no Líbano, a pressão internacional só tem aumentado.

Na noite desta quarta-feira, o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, afirmou que "a Síria deve retirar os soldados do Líbano, mas é preciso ter certeza de que isso não vá violar o frágil equilíbrio que ainda existe no país".

O chanceler alemão, Gerhard Schröder, afirmou nesta quinta-feira que a Síria tem que sair do Líbano "imediatamente", dando oportunidade de "independência e crescimento" ao país.

Com agências internacionais

Leia mais
  • Rússia apóia retirada de tropas sírias do Líbano

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a crise entre a Síria e o Líbano
  • Leia o que já foi publicado sobre a Liga Árabe
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página