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05/04/2005
-
08h41
O jornal americano "The Christian Science Monitor" afirma nesta terça-feira que a África, a Ásia e a América do Sul formam "o novo centro do poder" da Igreja Católica, mas sua influência não se reflete na composição do colégio de cardeais que vai escolher o novo papa.
O diário de Boston diz que os católicos do Terceiro Mundo, "cheios de zelo", "são tudo o que os europeus não são" e indica o brasileiro dom Cláudio Hummes e o argentino dom Jorge Mario Bergoglio como os cardeais do bloco com mais chances de suceder João Paulo 2º.
"Mas a aritmética do conclave de cardeais revela os limites da influência do mundo em desenvolvimento", diz o jornal.
"Apesar de 43% dos católicos do mundo viverem na América Latina, há apenas 21 cardeais da região entre os 117 que vão escolher o próximo papa. Mesmo se todos os cardeais do Terceiro Mundo se unissem em apoio a um candidato, seus 45 votos ficariam aquém da maioria de dois terços necessária."
O "New York Times", porém, avalia que este fator não vai impedir que os terceiro-mundistas tenham influência nas deliberações para a escolha do novo papa, observando, por exemplo, que a bancada de latino-americanos é mais numerosa que a da Itália, de onde vêm vários dos favoritos ao papado.
Polêmica
Já o "Washington Post" observa o outro lado da moeda. Em reportagem de capa, o jornal relata os esforços da Igreja Católica no México para frear o avanço de seitas evangélicas, dificultados pelas políticas do Vaticano nas últimas décadas.
O jornal diz que a influência da instituição no país ainda rivaliza com a do Estado, mas que líderes católicos mexicanos afirmam que, "durante o papado de João Paulo 2º, sua rígida e hierárquica forma de governar a Igreja tornou difícil para eles se concentrarem em problemas locais".
Na França, as homenagens ao papa acabaram criando polêmica, com o jornal "Libération" criticando a decisão do governo de mandar o hasteamento da bandeira a meio pau nos ministérios e ordenar altos funcionários dos governos locais a ir à igreja nesta sexta-feira (8), dia em que o papa será enterrado no Vaticano.
O jornal critica a atitude de "um suposto país laico" que "foi liderado por seu presidente em aleluias católicas".
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Conclave limita poder crescente do 3º Mundo na igreja, diz jornal
da BBC BrasilO jornal americano "The Christian Science Monitor" afirma nesta terça-feira que a África, a Ásia e a América do Sul formam "o novo centro do poder" da Igreja Católica, mas sua influência não se reflete na composição do colégio de cardeais que vai escolher o novo papa.
O diário de Boston diz que os católicos do Terceiro Mundo, "cheios de zelo", "são tudo o que os europeus não são" e indica o brasileiro dom Cláudio Hummes e o argentino dom Jorge Mario Bergoglio como os cardeais do bloco com mais chances de suceder João Paulo 2º.
"Mas a aritmética do conclave de cardeais revela os limites da influência do mundo em desenvolvimento", diz o jornal.
"Apesar de 43% dos católicos do mundo viverem na América Latina, há apenas 21 cardeais da região entre os 117 que vão escolher o próximo papa. Mesmo se todos os cardeais do Terceiro Mundo se unissem em apoio a um candidato, seus 45 votos ficariam aquém da maioria de dois terços necessária."
O "New York Times", porém, avalia que este fator não vai impedir que os terceiro-mundistas tenham influência nas deliberações para a escolha do novo papa, observando, por exemplo, que a bancada de latino-americanos é mais numerosa que a da Itália, de onde vêm vários dos favoritos ao papado.
Polêmica
Já o "Washington Post" observa o outro lado da moeda. Em reportagem de capa, o jornal relata os esforços da Igreja Católica no México para frear o avanço de seitas evangélicas, dificultados pelas políticas do Vaticano nas últimas décadas.
O jornal diz que a influência da instituição no país ainda rivaliza com a do Estado, mas que líderes católicos mexicanos afirmam que, "durante o papado de João Paulo 2º, sua rígida e hierárquica forma de governar a Igreja tornou difícil para eles se concentrarem em problemas locais".
Na França, as homenagens ao papa acabaram criando polêmica, com o jornal "Libération" criticando a decisão do governo de mandar o hasteamento da bandeira a meio pau nos ministérios e ordenar altos funcionários dos governos locais a ir à igreja nesta sexta-feira (8), dia em que o papa será enterrado no Vaticano.
O jornal critica a atitude de "um suposto país laico" que "foi liderado por seu presidente em aleluias católicas".
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