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17/06/2008 - 20h47

Análise: Acordo Hamas-Israel pode ser calmaria antes de confronto

JONATHAN MARCUS
da BBC, em Londres

O acordo alcançado por Israel e pelo grupo palestino Hamas está sendo interpretado por analistas como uma calmaria necessária que antecede um inevitável confronto militar, já que, com ou sem trégua, os dois lados estariam em uma rota de colisão.

Mas o que fez com que o governo de Israel e os membros do Hamas decidissem aprovar o cessar-fogo? E quais são as chances dele durar?

Embora os termos exatos do acordo ainda não sejam claros, os objetivos das discussões entre os dois lados, nas quais o Egito tem agido como intermediário, são evidentes por si só.

Israel quer que os palestinos parem de realizar ataques com foguetes e tiros de morteiro disparados contra seu território a partir da faixa de Gaza.

Uma grande ofensiva militar no território não é uma opção muito palatável. Muitos em Israel acreditam que todas as possibilidades devem ser exploradas antes de tal passo ser dado.

Por outro lado, os líderes do Hamas querem um período de calma para se consolidar e reduzir a pressão econômica sobre a população palestina.

O acordo também seria benéfico aos egípcios, que assumiram um papel preponderante ao dialogar com ambos os lados.

O governo do Cairo também anseia por amenizar o clima de tensão na faixa de Gaza, com a qual o Egito faz fronteira.

Dúvidas

Obviamente, os envolvidos querem mais do que uma trégua neste acordo.

O Hamas quer que as vias de entrada e saída da faixa de Gaza sejam abertas.

Israel quer que o soldado Gilad Shalit, seqüestrado por militantes de Gaza há dois anos, volte para casa. E também que o Egito faça um esforço real para impedir o contrabando de armas para os palestinos.

Tudo agora depende de como o acordo será implementado --e muitas dúvidas pairam no ar.

Uma delas é se o Hamas será capaz de impor a trégua a grupos palestinos mais radicais em Gaza. Outra é se o Egito conseguirá frear o contrabando.

As incertezas também recaem sobre Israel, já que não está claro se o país ficaria sem tomar nenhuma atitude ao ver o Hamas se fortalecer, o que pode ocorrer durante o cessar-fogo.

 

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